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quarta-feira, 19 de março de 2014

Sozinho em casa

Sair para trabalhar e deixar o cão sozinho pode causar Síndrome de Ansiedade de Separação nos pets, uma doença que leva ao estresse e à depressão. Veja algumas dicas que podem ajudar você a driblar este problema.
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Quem disse que os animais não sentem os efeitos da vida frenética e da correria das grandes cidades? Assim como a gente, os pets também sofrem de estresse, transtornos de ansiedade, solidão e tantos distúrbios que antes se pensava serem comuns somente em humanos.
A rotina agitada de trabalho, trânsito e obrigações profissionais, muitas vezes, exige que deixemos o cachorro sozinho em casa o dia todo. O problema é que alguns animais podem desenvolver Síndrome de Ansiedade de Separação, um dos problemas comportamentais mais comuns em cães.
“O distúrbio ocorre quando os cães são afastados de seus donos ou ficam sozinhos. Com isso, eles passam a apresentar um comportamento inadequado ou indesejado”, explica a Dra. Amanda Cologneze Brito, médica veterinária e assistente técnica do Laboratório Veterinário Mundo Animal.
Aprenda alguns truques para acostumar seu amigo a ficar um tempo sozinho em casa - flickr
Aprenda alguns truques para acostumar seu amigo a ficar um tempo sozinho em casa
Segundo a veterinária, os sintomas mais comuns são depressão, latidos excessivos, lambedura descontrolada nas patas ou em todo o corpo, xixi e cocô fora do lugar, destruição de objetos. Além de prejuízos financeiros aos donos, o problema traz tanto estresse ao ambiente doméstico que chega a ser uma das maiores causas de abandono e eutanásia de animais.
Síndrome de Ansiedade de Separação
Mal que atinge cães de todas as raças, portes e idades, o Síndrome de Ansiedade de Separação, quando não diagnosticada ou tratada, traz o estresse para todo o ambiente doméstico.
O trauma é gerado em razão do medo do cão em ser abandonado. Deixado sozinho, o pet sente-se ameaçado, pois não entende que a situação de “solidão” é temporária – somente até os donos voltarem para casa após o trabalho, por exemplo.
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De acordo com uma pesquisa realizada pelos alunos da Unicastelo de Fernandópolis, interior de São Paulo, o transtorno acontece em razão do estilo de vida da maioria dos proprietários, que passam muito tempo fora de casa por motivos profissionais e pela falta de disponibilidade para estar com seus cães.
Como evitar:
  • Fique de olho no comportamento de seu cão: latidos demais, agitação, destruição de objetos e sujeira no lugar errado podem ser sinais de que há algo errado com ele.
  • Passeie, passeie, passeie: animal precisa de atividade. Leve-o para caminhadas e brincadeiras fora de casa ou no quintal.
  • Apego: é quase impossível não se apegar ao cão, mas saiba que estudos comprovam que cachorros que dormem na mesma cama de seus donos, por exemplo, são mais propensos ao problema.
  • Questão de treino: acostumar o cão a ficar sozinho desde filhote é uma dica valiosa. O treino da gaiola é uma boa maneira de ensinar a ele.
  • Ajuda profissional: procure sempre um veterinário, pois ele tem as respostas para suas dúvidas e é a figura essencial para o diagnóstico do seu cão.
Treino da gaiola
A técnica pode ser aplicada em filhotes a partir de 45 dias de idade e ajuda o animal a se acostumar com ausências durante o dia de trabalho.
  • Arrume um cercado ou cômodo com espaço suficiente para o filhote se movimentar. O lugar precisa ser arejado, confortável, com água, brinquedos e um cantinho para suas necessidades.
  • Acostume o cãozinho a ficar, dormir e brincar neste local, mas sem fechar a portinha ou a porta do cômodo.
  • Depois de uma semana, comece o treino deixando o filhote por um curto espaço de tempo, fechado no local escolhido, sem que tenha contato visual com você.
  • Quando o tempo acabar, se o filhote estiver calmo, abra a porta e brinque com ele de modo tranquilo.
  • Vá gradativamente aumentando o espaço de tempo em que o animal fica fechado neste espaço, chegando ao máximo de 1h30.
  • Antes do treino, não corra atrás do cão para pegá-lo.
  • Ofereça comida ao filhote 15 minutos depois do fim do exercício.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Mau hálito em cães e gatos

Falta de higiene é a grande causadora do mau hálito, da placa bacteriana e do tártaro, problemas que, se não tratados, podem levar à perda dos dentinhos.
Língua para fora, respiração ofegante, rabo abanando. Quando você se dá conta, já ganhou uma lambida daquelas no rosto. Vai dizer que não é uma delícia? A única coisa capaz de estragar esta brincadeira é o mau hálito. E olha que este “bafinho” é mais comum do que a gente imagina e dá sinais de que a boca de seu cão ou gato precisa de atenção.
Em 90% dos casos, o problema se deve à falta de higiene, o que leva ao surgimento da placa bacteriana e tártaro nos dentes. Segundo o médico veterinário Roberto Fecchio, especialista em odontologia, “apenas animais com algum problema bucal vão apresentar o mau hálito”. Para evitar danos maiores, o aconselhável é que os pets tenham seus dentes escovados todos os dias. “A placa bacteriana aparece em decorrência de organismos que se unem à saliva e restos de alimento, grudando nos dentes. Essas bactérias fermentam e soltam gases responsáveis pelo mau hálito. Para evitá-las, a escovação é importante desde filhote.”
O especialista recomenda também o uso de produtos específicos para a limpeza dos dentes, como biscoitos, rações, brinquedos ou mesmo medicamentos para esta finalidade e que podem ser colocados na água do animal. Além de prevenir o mau hálito, escovar os dentes do pet também afasta a doença periodontal, uma infecção grave que, apesar de não ter cura, pode ser controlada com antibióticos. O problema facilita a entrada de bactérias na corrente sanguínea, que, por sua vez, chegam ao coração do animal, rins, fígado, entre outros órgãos. A perda progressiva dos dentes é outra consequência.
Esse foi o caso de Tulinha, o gato de Ricardo Acerbi. Aos 7 anos, a gengiva avermelhada sempre foi marca registrada do bichano. Com o passar do tempo, a inflamação atingiu a raiz de um dos dentinhos e aí a extração foi inevitável. “Nunca escovamos muito os dentes dele. Só resolvemos comprar escova e pasta quando o dente já parecia meio mole. Era tarde demais, ele precisou ter o dente arrancado”, conta o publicitário. Hoje, o banguela tem os dentes escovados com frequência e ingere um medicamento misturado à sua água, o que impede o acúmulo de tártaro.

Escovando os dentes

Segundo Fecchio, acostumar os filhotes desde cedo à escovação é a melhor dica tanto para cães quanto para gatos. Basta colocar um pouco de pasta no dedo e esfregar cuidadosamente. Nem pense em utilizar produtos de higiene para humanos. O material é tóxico e pode causar intoxicações.Utilize escovas e pastas próprias para o uso veterinário. Existem no mercado pastas com sabores de carne ou frango, que facilitam a aceitação pelos animais. Outra recomendação é tentar transformar a hora de escovar os dentes em um momento de diversão. Como? Evite movimentos bruscos, broncas ou qualquer gesto de agressividade. “Uma boa ideia é fazer bastante carinho no animal, conversar com ele, fazer um passeio ou dar um agrado após a escovação”, orienta o profissional.

Sorriso branco

Quando a escovação não é frequente e o animal tem tendência ao tártaro, é necessário extraí-lo no consultório. Neste caso, realiza-se uma cirurgia odontológica com anestesia geral. Com a raspagem e polimento dos dentes, é feita uma limpeza completa.

Prevenir sempre

Fecchio alerta ainda que levar os bichinhos anualmente a um especialista em odontologia faz toda a diferença. Exames simples já detectam diferenças na coloração e no aspecto dos dentes e da gengiva. “Quando os pets forem levados ao clínico geral também é recomendável que o dono peça ao veterinário para analisar a boca do animal”, finaliza o especialista.

Sorria! Cuide bem do seu gatinho!