A Reprodução assistida compreende diversos fatores, tais como: exame andrológico do animal, histórico e acompanhamento do seu estado de saúde, coleta de sêmen e a própria inseminação.
A inseminação artificial em pequenos animais não tende apenas a aumentar a criação de cães e gatos disponíveis para o mercado, mas também uma medida de preservação do gene de um animal querido, que muitas vezes faz parte de uma família, e a mesma deseja ter um descendente em caso de alguma enfermidade sofrida pelo primeiro, a qual o impossibilite de reproduzir de forma convencional ou até mesmo devido à morte do animal.
Devido a grande procura por inseminações artificiais em cães e gatos, tanto pelo apelo emocional quanto criação de filhotes com pedigree em canis, essa vem se tornando uma área de grande retorno financeiro na Medicina Veterinária.
Para o sucesso de uma inseminação artificial é necessário muito conhecimento do profissional, que deve ser especialista no assunto, pois envolvem outros fatores como exame clínico geral, histórico de doenças anteriores e exame do aparelho reprodutor do macho, antes de se iniciar, através de técnicas específicas, a coleta do sêmen. Esse conjunto de fatores, incluindo o próprio procedimento de coleta e avaliação do sêmen é denominado exame Andrológico. O exame andrológico é utilizado para avaliar todo o organismo do animal, desde aspectos comportamentais e físicos até o trato reprodutivo propriamente dito. Todos os fatores relacionados ao animal devem ser levados em consideração, para que nenhum problema aparentemente isolado não passe por despercebido. O exame andrológico juntamente com o histórico e acompanhamento clínico têm como objetivo avaliar se um animal está em condições para gerar descendentes saudáveis. A coleta é realizada e posteriormente o material é congelado em compartimentos e temperaturas corretas
O primeiro passo é uma boa anamnese do animal, observando todos os seus órgãos antes de fazer a real avaliação dos órgãos reprodutores, pois secundariamente podem afetar o mesmo através de formas diretas, como infecções ou neoplasias, ou indiretas, como uma secreção hormonal anormal (testosterona, LH, FSH). Se o resultado deste for satisfatório, inicia-se o exame físico do trato reprodutivo, este se inicia na bolsa escrotal, segue pelos testículos, epidídimo, prosseguindo para o pênis e terminando na glândula prostática.
O prepúcio em condições normais é facilmente tracionado e há exposição completa do pênis do animal, logo, em caso de dificuldade de realizar esta exposição, pode-se suspeitar de estreitamento do óstio prepucial (fimose) ou aderência do pênis e do prepúcio, além disso, a integridade da mucosa do pênis, juntamente com secreções expelidas continuamente pelo mesmo podem ser fatores de contraindicação para a inseminação, podendo indicar uma DST.
A avaliação do sêmen é indispensável, pois é esta que detecta possíveis problemas de infertilidade ou sub-fertilidade.
A excitação do macho pode ser realizada por diversas técnicas, como manual, com o auxílio de uma fêmea no cio, ou até, porém utilizado somente em casos extremos, estimulação por meio de eletroejaculação.
É imprescindível o conhecimento completo desta técnica, pois o sêmen tem grandes particularidades, como temperatura específica, que se manuseado de forma errônea pode levar à morte de espermatozoides, diminuindo ou impedindo o sucesso do procedimento.
O sêmen devidamente coletado e armazenado poderá permanecer congelado por longos períodos de tempo, até anos.
Para aproveitar a demanda existente o profissional precisa se especializar em cursos que ofereça um aprendizado das metodologias e parâmetros de avaliação andrológica, bem como as técnicas de resfriamento e congelamento de sêmen, aplicáveis ao cão e gato. Para que este consiga atuar de forma segura nos diferentes cenários da reprodução de pequenos animais.
Fonte: CPT Cursos Presenciais
Adaptação: Revista Veterinária