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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Gatos e PIF: A Mutação Rara, Mas Fatal

       Sem vacina segura, sem diagnóstico fiável e sobretudo sem cura, a PIF é a infecção mais mortífera nos gatos. Uma vez detectada, a esperança de vida restante do gato cai para 2 anos.
       A Peritonite Infecciosa Felina (PIF) é causada por uma das dezenas variantes do coronavírus. A presença do coronavírus nos gatos é uma doença benigna, que geralmente não causa sintomas e que os gatos acabam por combater eficazmente através da acção do próprio sistema imunitário. Na realidade, a maioria dos donos não chega a saber que o gato esteve infectado por este vírus. Contudo, em 1 a 3% desses casos, o coronavírus degenera numa variante imunomediada quase sempre letal.

PIF e o sistema imunitário

         O desenvolvimento da PIF está intrinsecamente ligada ao estado em que se encontra o sistema imunitário. A PIF geralmente surge em gatos com um sistema imunitário deficitário: pouco desenvolvido em gatos jovens, até dois anos, enfraquecido em gatos idosos, com mais de 14, ou debilitado em gatos adultos, frequentemente devido ao stress.
         Gatos com outras doenças que afectam o sistema imunitário, tais como leucemia (FeLV), ou uma espécie de SIDA (FIV) estão mais vulneráveis ao desenvolvimento da PIF.
         Paradoxalmente, um sistema imunitário combativo não faz com que a progressão da PIF abrande, pelo contrário, vai gerar a aceleração da doença se esta já estiver instalada.

PIF e Portadores

        Nem todos os gatos nos quais se verifica a presença do coronavírus desenvolvem sintomas. Em alguns, a doença manifesta-se meses ou anos após a infecção ocorrer e, durante este tempo, podem infectar outros gatos.
        Os gatos que se encontram em risco são aqueles que convivem com gatos vadios e os que partilham a casa com outros gatos. Por gatos que convivem com felinos de rua não se entende gatos que são passeados. Mas são de facto os gatos que habitam sozinhos e que não saem de casa que menos riscos correm de desenvolvem esta doença.

Tipos de PIF

         Existem dois tipos de PIF: a Húmida ou Efusiva e a Seca ou Não-Efusiva. Ambas podem causar diarreia, perda de peso e letargia. Na verdade a PIF não se trata de uma inflamação do peritoneu, mas sim de uma inflamação dos vasos sanguíneos, vasculite.

PIF Seca ou Não-Efusiva

A PIF Seca é uma forma crónica da doença que se não for tratada pode dar origem à variante húmida. É mais difícil de diagnosticar pois os sintomas que apresenta não são exclusivos desta doença.

Sintomas

Lesões ocorrem por todo o corpo e os sintomas variam de acordo com os órgãos afectados (rins ou fígado, por exemplo). Muitos gatos desenvolvem inflamações oculares e/ou problemas neurológicos, tais como paralisia ou ataques. Gatos com PIF Seca podem ainda desenvolver icterícia, ou seja, obterem um tom amarelado na pele, que é mais visível no nariz.

PIF Húmida ou Efusiva

Esta é a variante mais grave pois para além dos sintomas que são verificados na PIF Seca, há também acumulação de fluídos devido à danificação dos vasos sanguíneos.

Sintomas

Na maioria dos casos de PIF Húmida, 60 a 70%, há acumulação de fluídos no corpo, mais comummente no abdómen, o que gera um inchaço na zona abdominal. O mesmo pode acontecer na zona toráxica, o que pode causar problemas respiratórios adicionais.

Diagnóstico

 A detecção da PIF não é tão fácil como à partido poderia parecer. Os sintomas são comuns a outras doenças e ainda não há nenhum método em que não ocorram falsos negativos ou falsos positivos, ou seja, gatos que se pensava estarem infectados e mais tarde verifica-se que não, e gatos que se pensava não estarem infectados e mais tarde verifica-se que estavam.

Métodos de diagnóstico:
  • Teste do coronavírus – este teste verifica se existem anticorpos do coronavírus presentes no gato. Mas a presença deste pode dever-se a qualquer outra variante do coronavírus que não seja PIF. Os anticorpos permanecem mesmo depois de o vírus desaparecer, ou seja, pode dar-se até o caso de o ter estado, e não estar actualmente, infectado com o coronavírus.
  • Polymerase Chain Reaction (PCR) – é uma das formas de detectar especificamente o PIF, mas podem ocorrer falsos positivos, pois a presença do vírus nem sempre indica doença.
  • Análises do fluído abdominal/toráxico / Raio-X – Só resulta nos casos de PIF Húmida
  • Análise de Células dos rins ou fígado – É feita com anestesia local através da aspiração. Pode ser indicativa no que diz respeito ao despiste de outras doenças.
  • Biópsia – é a única forma eficaz de diagnosticar PIF. Mas submeter um animal debilitado a uma operação para recolher amostras de um órgão é sempre arriscado. Muitos dos diagnósticos de PIF só são certificados por isso depois da morte do animal através de biópsia.
  • Combinação de análises de sangue – Esta é a forma mais útil, embora não seja 100% eficaz, a fiabilidade dos resultados é alta. Podem ser feitas várias combinações de valores. Um exemplo é: uma contagem baixa de glóbulos brancos, valores altos de globulina e um teste positivo a anticorpos do coronavírus geralmente apontam para um caso de PIF com bastante certeza.


Tratamento


Infelizmente não há tratamentos eficazes contra a PIF. Os gatos são assim medicados na tentativa de eliminar ou aliviar sintomas. Contudo, não há cura para a doença.

Eutanásia


Nos casos em que se manifestam sintomas e em que há um diagnóstico sólido, a eutanásia é praticamente inevitável. O tratamento pode resultar no alívio temporário dos sintomas, mas eventualmente a doença progride. Alguns gatos recuperam, mas os casos são raros e constituem a excepção à regra.

Antes de optar por esta solução tenha a certeza de que se trata de PIF, pois como foi referido anteriormente, nem todos os coronavírus causam PIF.

Prevenção


Ainda não é claro como é que o coronavírus é transmitido entre gatos, mas sabemos que o vírus sobrevive durante 3 semanas a temperatura ambiente e que as secreções são um foco infeccioso. Pensa-se que os principais meios de transmissão sejam a ingestão de fezes e os espirros.

Existe alguma controversa em relação a casos de diagnóstico positivo em gatos que partilham a casa com outros felinos. Por um lado, para evitar a propagação do vírus a outros gatos, geralmente aconselha-se o isolamento do gato infectado dos outros, mas isto provoca stress no gato e acelera a doença. Sem forma de despistar a PIF de forma segura nos outros gatos, estes já podem estar também infectados.

Por outro lado, se decidir manter os gatos juntos, a probabilidade de virem todos a desenvolver PIF e terem todos o mesmo destino, a eutanásia ou morte, é significativa. Aconselhe-se com o seu veterinário sobre a melhor forma de lidar e conter a doença.

A PIF não é transmissível a humanos ou outros animais não-felinos, embora também se possa encontrar o coronavírus nos humanos, por isso nunca isole o gato com PIF dos humanos ou outros animais tais como os cães.

A higiene é a mais importante arma contra esta doença. O coronavírus está presente nas fezes dos gatos e a caixa de areia deve ser limpa diariamente. Um desinfectante comum é suficiente para erradicar o vírus.

A par destas precauções, certifique-se de que o gato se sente bem na sua casa com a sua família. Gatos em stress estão mais vulneráveis à PIF e a qualquer outra doença.

Existe uma vacina no mercado, mas por ser recente, ainda não é clara a sua eficácia. Estudos apontam em direcções diferentes, por isso siga o conselho do seu veterinário em relação a este assunto. Geralmente só é aconselhada a administração da vacina em gatos que vão viver em casas onde o vírus esteve presente ou em animais em contacto com gatos vadios.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Piometra de 2 kg.


             

            O que dizer de uma piometra de 2 kg em uma cadela que pesou 7 kg antes de entrar para a cirurgia, realmente um fato inedito na minha carreira, o bom que a cadela Sara esta se recuperando muito bem, e tem mais vida pela frente. Por isso que ser Veterinario me orgulha muito e me enche de vontade de salvar muitos animais ainda.

sábado, 20 de abril de 2013

10 beneficios dos pets à saúde e ao bem estar humano.

10 benefícios dos pets à saúde e ao bem-estar humano

As vantagens vão da redução da pressão arterial à melhora na depressão, veja

Getty Images
Ter um animal de estimação traz benefícios à saúde física e mental em todas as idades

O melhor amigo do homem também pode ser o melhor amigo da saúde do homem. Mais do que pequenas (ou grandes) bolas de pelo, os pets podem ser fundamentais aliados para uma maior qualidade de vida.
Ao fornecer companhia, carinho, conforto, entretenimento e, principalmente, amor incondicional, gatos, cachorros, chinchilas, pássaros e até mesmo animais maiores, como cavalos, trazem a seus donos e a quem convive com eles benefícios como melhora da autoestima, aumento da prática de atividades físicas e maior convívio social.
As vantagens da convivência com animais se estendem da infância à tarceira idade. Por ser uma etapa da vida repleta de aprendizados diários, a infância beneficia-se do contato com um animal de estimação pelo auxílio no aprendizado de valores como respeito, cuidado e responsabilidade, além de ter no pet um carinhoso e animado companheiro para os momentos de diversão e brincadeiras.
Já para a terceira idade, etapa em que é comum um maior afastamento dos familiares e isolamento social devido ao ritmo mais desacalerado de vida, o animal é o companheiro ideal de todas as horas, sempre disponível para oferecer carinho e companhia, além de contribuir também para o resgate da sensação de prazer relacionada ao cuidado com o outro (alimentação, cuidados com a saúde e higiene etc.).
Em casos de doenças e/ou condições de pessoas portadoras de necessidades especiais, o auxílio da terapia assistida com animais é valioso:
“Nestes casos, o cão funciona como um facilitador do processo terapêutico, podendo ser usado em qualquer especialidade da área da saúde, de acordo com a necessidade do paciente”, esclarecem as psicólogas Cristiane Blanco e Laís Milani, diretoras de Terapia Assistida por Animais do Instituto Nacional de Ações e Terapias Assistidas por Animais (INATAA).
Como a terapia funciona como um agente motivador para o tratamento em diversas especialidades, qualquer paciente que apresente um quadro crônico físico ou psicológico pode se beneficiar dela.
“É o caso de pacientes que apresentem algum tipo de dificuldade na interação social, bem como pessoas institucionalizadas, portadoras de síndromes genéticas, paralisias, problemas de aprendizagem, entre outros”, acrescenta Laís.
Veja a seguir 10 benefícios dos pets à saúde humana.
1. Proteção contra alergias
Uma hipótese levantada recentemente por pesquisadores é a de que o relaxamento obtido com o contato com os cães, por exemplo, pode elevar os níveis de imunoglobulina A, um anticorpo presente nas mucosas que evita a proliferação de vírus ou bactérias e é de grande importância na prevenção de várias doenças, inclusive as alergias. 
2. Socialização
Animais de estimação fazem parte de um tema de interesse comum, frequentemente alvos de conversas que estimulam a aproximação entre pessoas. Por ser um animal social, ou seja, que requer convívio com outros cães para a manutenção de sua qualidade de vida, o cachorro naturalmente oferece um estímulo para que os donos frequentem parques e outros ambientes que favorecem a interação social.
3. Alívio do estresse
Estudos indicam que a interação entre homem e animal traz uma sensação de bem-estar e conforto, resultando na diminuição dos níveis de cortisol – hormônio relacionado ao estado de alerta e que também é conhecido como o "hormônio do estresse", causando diversos problemas à saúde quando encontrado em níveis elevados na corrente sanguínea.
4. Redução da pressão arterial
O mesmo bem-estar provocado pela interação com o pet reduz os níveis de adrenalina – relacionados ao aumento da pressão arterial – e libera da acetilcolina. Esse neurotransmissor está envolvido no estado de tranquilidade, na diminuição de pressão arterial, frequência cardíaca e frequência respiratória, além de desempenhar um importante papel nas funções cognitivas, como a aprendizagem. 
5. Combate à depressão
As trocas de carinho, compreensão, apoio e segurança observadas na relação humana com os animais de estimação favorecem o aumento da autoestima, o senso de valor próprio, o estabelecimento de hábitos positivos e o interesse pelo outro, questões que estão entre as centrais da depressão.
6. Elevaçao da auto estima
Ao sentir o carinho, o amor e a atenção do pet, o dono de um animal de estimação se dá conta do quão importante é para a vida de seu animalzinho. Isso faz com que se sinta também mais importante e confiante em suas próprias capacidades. 
7. Liberação de "hormônios da felicidade"
Estudos indicaram que a troca de afetividade entre humanos e animais tem como um dos principais efeitos o aumento da produção e liberação de serotonina e dopamina, os responsáveis pela sensação de prazer e alegria.
8. Incentivo à prática de atividades físicas
Xô, sedentarismo: ter um animal de estimação (em especial, um ou mais cães) obriga até o mais ferrenho sedentário a pelo menos duas visitas diárias às calçadas e/ou parques e praças da vizinhança, uma medida sanitária essencial para a saúde do bichinho. Tal "exercício" pode ser o primeiro passo em direção a uma rotina de atividades físicas regulares, essenciais à saúde humana.
9. Diminuição da solidão
Seja pela companhia do próprio animal e/ou pela estimulação de uma maior interação social por meio dos passeios com o pet, a sensação de solidão tende a ser amenizada a partir da convivência com um parceiro para todas as horas que o acompanha e espera pacientemente (ou, às vezes, nem tanto...) 24 horas por dia, sete dias na semana.
10. Senso de responsabilidade
Cuidar de um animal envolve uma série de rituais diários e eventuais, como alimentação, manutenção da higiene, banho e passeios. Assumir tais compromissos envolve responsabilidade da parte do dono – assim, ter um pet pode ser uma incalculável lição de responsabilidade e compromisso para as crianças, por exemplo. 
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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Radiologia Veterinária: Entenda a importância para um bom atendimento clínico


radiologia é definida como a parte da ciência que estuda os órgãos e estruturas internas do corpo com o auxílio de equipamentos que emitem feixes de radiação para formar imagens. Existem, até mesmo na veterinária, diversas técnicas, dentre elas umas mais atuais e outras mais específicas para cada situação.
O diagnóstico por imagem é de extrema importância, uma vez que um bom profissional veterinário, não é aquele que bate o olho no animal e o diagnostica, e sim aquele que faz um bom exame clínico, e a partir do que o animal e o dono o apresentam, sabe exatamente como prosseguir com os exames complementares (laboratoriais, histológicos, de imagem, etc.) que estão a sua disposição e auxiliarão a fechar um diagnóstico correto e seguro. Por se tratar da visualização de estruturas não visíveis a olho nu, geralmente, esse tipo de exame, na Medicina Veterinária, é utilizado para determinações clínicas, e principalmente, cirurgias.
Com a evolução do mercado de Pets no Brasil, o que antes era particularidade de hospitais de grandes centros e hospitais veterinários universitários, onde os alunos necessitam dos equipamentos para ter um primeiro contato, vem se tornando cada dia mais acessível a toda a população.
Com o objetivo de aumentar cada vez mais a praticidade, muitos equipamentos já são construídos visando sua área de atuação, como um aparelho de Raio X portátil, principalmente para sua utilização em animais de grande porte, pois transportar um cavalo ou um bovino de uma área externa para uma sala é de extrema dificuldade. O mesmo se dá com aparelhos de ultrassonografia também portáteis, levando a tecnologia até onde ela é necessária. Além da praticidade, outra vertente que amplia esse mercado são os novos equipamentos que vêm sendo fabricados de forma a abaixar o custo, tanto para clínicas terem condições de o obterem, quanto para daí poderem realizar exames com um menor custo, com a intenção de que um proprietário de baixo poder aquisitivo não precise voltar para casa com seu animal doente por não ter como arcar com suas despesas.
Hoje, para clínicas veterinárias de animais de pequeno porte, os equipamentos de Raios-X mais comercializados são aqueles que não necessitam de uma preparação especial da sala em que serão montados, até mesmo porque geralmente a preparação da sala fica em um custo ainda mais alto que o próprio aparelho, e apesar de serem menos potentes, conseguem suprir sua necessidade
Auto(a): Stéfany Dias – Revista Veterinária.
Adaptação: Revista Veterinária

sábado, 6 de abril de 2013

O exame andrológico,resfriamento e congelamento de sêmen em pequenos animais


A Reprodução assistida compreende diversos fatores, tais como: exame andrológico do animal, histórico e acompanhamento do seu estado de saúde, coleta de sêmen e a própria inseminação.
inseminação artificial em pequenos animais não tende apenas a aumentar a criação de cães e gatos disponíveis para o mercado, mas também uma medida de preservação do gene de um animal querido, que muitas vezes faz parte de uma família, e a mesma deseja ter um descendente em caso de alguma enfermidade sofrida pelo primeiro, a qual o impossibilite de reproduzir de forma convencional ou até mesmo devido à morte do animal.
Devido a grande procura por inseminações artificiais em cães e gatos, tanto pelo apelo emocional quanto criação de filhotes com pedigree em canis, essa vem se tornando uma área de grande retorno financeiro na Medicina Veterinária.
Para o sucesso de uma inseminação artificial é necessário muito conhecimento do profissional, que deve ser especialista no assunto, pois envolvem outros fatores como exame clínico geral, histórico de doenças anteriores e exame do aparelho reprodutor do macho, antes de se iniciar, através de técnicas específicas, a coleta do sêmen. Esse conjunto de fatores, incluindo o próprio procedimento de coleta e avaliação do sêmen é denominado exame Andrológico.  O exame andrológico é utilizado para avaliar todo o organismo do animal, desde aspectos comportamentais e físicos até o trato reprodutivo propriamente dito. Todos os fatores relacionados ao animal devem ser levados em consideração, para que nenhum problema aparentemente isolado não passe por despercebido. O exame andrológico juntamente com o histórico e acompanhamento clínico têm como objetivo avaliar se um animal está em condições para gerar descendentes saudáveis. A coleta é realizada e posteriormente o material é congelado em compartimentos e temperaturas corretas
O primeiro passo é uma boa anamnese do animal, observando todos os seus órgãos antes de fazer a real avaliação dos órgãos reprodutores, pois secundariamente podem afetar o mesmo através de formas diretas, como infecções ou neoplasias, ou indiretas, como uma secreção hormonal anormal (testosterona, LH, FSH). Se o resultado deste for satisfatório, inicia-se o exame físico do trato reprodutivo, este se inicia na bolsa escrotal, segue pelos testículos, epidídimo, prosseguindo para o pênis e terminando na glândula prostática.
O prepúcio em condições normais é facilmente tracionado e há exposição completa do pênis do animal, logo, em caso de dificuldade de realizar esta exposição, pode-se suspeitar de estreitamento do óstio prepucial (fimose) ou aderência do pênis e do prepúcio, além disso, a integridade da mucosa do pênis, juntamente com secreções expelidas continuamente pelo mesmo podem ser fatores de contraindicação para a inseminação, podendo indicar uma DST.
A avaliação do sêmen é indispensável, pois é esta que detecta possíveis problemas de infertilidade ou sub-fertilidade.
A excitação do macho pode ser realizada por diversas técnicas, como manual, com o auxílio de uma fêmea no cio, ou até, porém utilizado somente em casos extremos, estimulação por meio de eletroejaculação.
É imprescindível o conhecimento completo desta técnica, pois o sêmen tem grandes particularidades, como temperatura específica, que se manuseado de forma errônea pode levar à morte de espermatozoides, diminuindo ou impedindo o sucesso do procedimento.
sêmen devidamente coletado e armazenado poderá permanecer congelado por longos períodos de tempo, até anos.
Para aproveitar a demanda existente o profissional precisa se especializar em cursos que ofereça um aprendizado das metodologias e parâmetros de avaliação andrológica, bem como as técnicas de resfriamento e congelamento de sêmen, aplicáveis ao cão e gato. Para que este consiga atuar de forma segura nos diferentes cenários da reprodução de pequenos animais.
 Fonte: CPT Cursos Presenciais
Adaptação: Revista Veterinária

sexta-feira, 5 de abril de 2013

O coelho como bicho de estimação


coelho não é um roedor, é um lagomorfo, animais que possuem dois pares de dentes incisivos superiores, os roedores só têm um par de dentes. O coelho vive em média de seis a oito anos, pesado entre 2 e 6 quilos.
Segundo a veterinária Cynthia Carpigiani, ter um coelho em casa é uma boa ideia pois, é um animal dócilque se apega aos donos e convive tranquilamente com as crianças. Para se evitar doenças basta lavar bem às mãos quando em contato com a gaiola e fezes, evitando colocar o animal perto do resto. O animal também deve ser levado ao veterinário preservando sua saúde e evitando as soonoses.
Quando os cuidados não são tomados os coelhos podem transmitir doenças, as principais são: dermatofitose, conhecida como micose, é uma infecção de pele causada por fungos; doença de Lyme, os animais podem carregar carrapatos infestados pela bactéria causadora do mal, que através da picada provoca desde irritações na pele, náuseas, febre e cansaço até problemas cardíacos e artrite; salmonelose, causada por bactéria, e transmitida por meio do contato com as fezes do animal. Nos humanos os sintomas são dor abdominal, febre e diarréia
As doenças mais comuns nos coelhos são a sarna, taxoplasmose, conjutivite e diarreia, não existe vacina, sendo a prevenção o melhor remédio. O coelho pode viver em uma gaiola, colocada em um local livre de correntes de ar e de sol direto, o chão deve ser forrado com feno ou serragem de madeira, próprios para absorver dejetos e evitar alergias, e deverá ser trocado 2 vezes na semana. Um mistura de água e vinagre deve ser utilizada para remover depósitos de cálcio eliminados pela urina.
alimentação deve ser balanceada, existem ração peletizadas, o complemento deve ser feito com verduras escuras, alface seca, cenoura (importante para o desgaste do dente), água limpa e quando possível devem ser soltos para se exercitarem.
Fonte: Saúde Abril
Adaptação: Revista Veterinária

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Lei regulamenta transporte de animais em ônibus na cidade de Santos


Integrantes de movimentos e associações que lutam pela qualidade de vida animal e os usuários do transporte público da cidade de Santos comemoraram a publicação no Diário Oficial do Município da lei que permite que os usuários de ônibus levem seus bichinhos domésticos dentro do coletivo.
De acordo com o vereador Benedito Furtado (PSB), autor da iniciativa, “a proposta beneficia principalmente a população de baixa renda, que muitas vezes não tem condições financeiras de custear o transporte até um posto de vacinação ou, mesmo, um veterinário”.
Pela lei, publicada no Diário Oficial, podem circular dentro dos ônibus municipais animais de pequeno porte (de até 10 quilos), desde que estejam acondicionados em recipientes apropriados, sem água ou alimento. O dono ainda deve levar consigo o certificado de vacinas emitido pelo veterinário. Caso haja alguma ocorrência, o passageiro tem de descer em um ponto de parada para a higiene do animal. O carregamento do animal não poderá prejudicar os passageiros ou alterar o funcionamento da linha. Será cobrada tarifa regular na linha pelo assento utilizado pelo animal, se for o caso. Os tutores devem ficar atentos às regras estabelecidas pela lei.
médico veterinário Eduardo Filetti foi às ruas verificar se motoristas da Viação que é permissionária do transporte coletivo municipal estavam orientados sobre a lei e se há entraves no embarque. Logo na primeira linha, o veterinário conseguiu subir sem qualquer questionamento. A obrigatoriedade da apresentação de documentos do animal é questionada por Filetti. “Se alguém quiser ajudar um animal abandonado, por exemplo, não poderá fazer isso porque não terá qualquer documentação em mãos”, diz.
Nos coletivos intermunicipais o médico  foi impedido de subir com o filhote. O motorista informou que não tinha autorização para deixar que ele embarcasse com o cão no ônibus.
A empresa responsável pelo transporte municipal de Santos afirmou, em nota, que cumprirá todas as determinações legais determinadas pelo órgão gestor (a Companhia de Engenharia de Tráfego) e pela Prefeitura de Santos. Ressaltou, ainda, que “será cobrada a tarifa regular da linha pelo assento utilizado para o transporte do animal, se for o caso” e que “não há horário, mas, sim, o limite de dois animais a serem transportados a bordo do veículo por viagem”.
Fonte: Cães e Gatos
Adaptação: Revista Veterinária

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Cuidados que devem ser seguidos para que o pet faça a castração


Todo animal antes de passar pelo procedimento da castração, seja ele um cãozinho ou um gatinho, deve ser avaliado por um médico veterinário. A castração é um dos procedimentos mais comuns na veterinária, mas é uma cirurgia e requer atenção especial antes, durante e depois da operação.
O profissional é quem pode determinar se o animal está apto ou não ao procedimento cirúrgico. A avaliação consiste em um exame físico e também exames complementares, que são os exames pré-cirúrgicos.
No exame de sangue é possível avaliar a presença de infecções, anemias e quantidade de plaquetas, elementos fundamentais para a coagulação sanguínea. Quando as plaquetas estão com valor muito reduzido, esse animal pode ter problemas de hemorragias durante a cirurgia, não sendo indicado realizar o procedimento de castração.
Avaliação bioquímica (exame de sangue) renal e hepática também é importante, já que é através de fígado e rim que os anestésicos são metabolizados e excretados. Quando há um comprometimento da função desses órgãos, o risco da cirurgia aumenta. O Eletrocardiograma avalia a função cardíaca e é ainda mais importante em animais idosos. Após a realização dos exames, o veterinário vai determinar se o pet está apto ou não a realizar a cirurgia. Caso apareça alguma alteração no exame, pode ser necessário tratar o animal antes da realização da cirurgia. Os riscos da cirurgia são amenizados com esses cuidados.
Para reduzir o risco de vômito durante a cirurgia, geralmente é recomendado que o pet fique de estômago vazio antes de passar pela anestesia. O animal deve ficar 12 horas sem ingerir água e alimentar.
Até a operação mais bem sucedida pode ter complicações se o período do pós-operatório não é respeitado e lidado de forma inadequada. O principal cuidado com o animal após a cirurgia é a manutenção dos pontos. É preciso impedir o animal de lamber e morder os pontos para evitar a infecção, má cicatrização e até a abertura desses pontos com exposição dos órgãos internos. Para isso você pode usar uma roupinha cirúrgica no animal, que cobre os pontos ou então o famoso colar elizabethano (cone de plástico).
É preciso manter o animal num certo repouso, evitando saltos e corridas. É preferível que o proprietário esteja junto com o  animal no pós-operatório para monitorar esses cuidados, ou quando o animal tem de ficar sozinho, pode-se limitar o espaço, deixando-o em um cômodo onde não possa fazer “estripulias”.
O curativo dos pontos também deve ser feito diariamente. Faça uma limpeza com soro fisiológico e aplique uma pomada ou spray antisséptico, de acordo com a prescrição do médico veterinário. A colocação de gaze e esparadrapo ajuda a vedar o ferimento, conferindo uma maior proteção.
administração de antibióticos e anti-inflamatórios faz parte dos cuidados no pós-operatório, e é fundamental que se respeite a dose e o tempo de administração prescrito pelo veterinário, para que o pet não sinta dor e não ocorra nenhuma complicação durante a recuperação.
Fonte: Cães e Gatos
Adaptação: Revista Veterinária

terça-feira, 2 de abril de 2013

Tosa: uma necessidade higiênica que não pode ser desconsiderada


como uma necessidade higiênica não pode ser desconsiderada. Os pelos do cachorro, quando muito embaraçados, têm grandes chances de proliferar fungos, com isso, o bichinho pode sofrer com dermatites e micoses, provocando buracos nos pelos do animal.
Além de se considerar a necessidade de realizar a tosa, é preciso saber como o fazer. Antes de tosar o cão é necessário escovar bem o pelo do animal. Além de preparar para a tosa, por desembaraçar todo o pelo, a escovação faz bem para a saúde do animal. Ela ajuda a remover os pelos mortos, espalhar a gordura da pele e ativar a circulação sanguínea, o que aumenta o poder imunológico do animal.
Quando o cachorro tem pelos longos, é bom escovar todos os dias. Em caso de pelos curtos, a escovação uma vez na semana é suficiente.
A tosa em si merece atenção em algumas partes. A região embaixo das patas dos cães devem ser tosadas, pois o excesso de pelo faz com que eles escorreguem e percam aderência ao correr e caminhar. Os cachorros devem ter a barriga raspada sempre, isso por que o genital dos machos fica virado para frente e, se a barriga estiver muito peluda, as bactérias podem se acumular no pelos. Além disso, evita que, principalmente, cachorrinhos, que convivem dentro de casa, deitando, por exemplo, no sofá, deixem pelo, em locais onde à noite você coloca o rosto para deitar ao assistir TV, o que pode ser desagradável e, sendo portador de bactéria, prejudicial à saúde.
No momento da tosa, uma medida necessária é o cuidado ao manusear a máquina de tosar para não machucar o cachorro. Uma possibilidade para se preparar para realizar o serviço sem recorrer aos pet shop, em caso de necessidade de mais segurança, é fazer um curso de banho e tosa. Como existe esse curso, em muitas cidades, sendo oferecido a preços acessíveis, pode ser de grande utilidade para quem tem cachorro com pelos grandes e quer manter a saúde do animal sem precisar gastar no pet shop, semanalmente.

Fonte: Saiba Como
Adaptação: Revista Veterinária

segunda-feira, 1 de abril de 2013

“Bicheiras” – Veja como evitar


As Miíases, popularmente conhecidas como “bicheiras”, já se tornaram realidade no campo, um grande problema enfrentado pelos criadores. Além de causarem desconforto e sofrimento ao animal, elas também podem trazer prejuízos aos criadores.
As bicheiras são causadas por larvas de moscas que parasitam o animal vivo ou morto alimentando-se dele, e assim, causando-lhe feridas. Se não tratadas corretamente, podem provocar a morte do animal por hemorragia ou destruir o sistema reprodutor ou locomotor, e as glândulas mamárias, inviabilizando assim o animal.
A larva da mosca Cochliomyia hominivorax é o principal agente causador da Miíase. No Brasil, essa mosca é conhecida como “mosca varejeira”, em alguns países da América Latina e Guianas, ela é conhecida como “devoradora de homens”. As fêmeas da Cochliomyia hominivorax são atraídas para os animais feridos devido à presença de sangue e odor forte. A mosca deposita seus ovos no ferimento aberto do animal, e depois de aproximadamente 16 horas, há a eclosão das primeiras larvas, que irão imediatamente iniciar a penetração na carne do animal para se alimentarem.
Na maioria dos casos a mosca varejeira faz a ovoposição dos ovos em ferimentos recentes, causados pela castração, descorna e pela marcação dos animais. É muito comum também a ovoposição em umbigos de recém-nascidos, em feridas causadas por morcegos, picadas de carrapatos, e em feridas decorrentes de brigas entre os animais. A larva desenvolve-se nas feridas em aproximadamente sete dias.
Nos animais que estão com ferimentos causados por bicheira, pode ocorrer invasão de outros micro-organismos, que irá agravar o caso clínico do animal, podendo levá-lo a morte se não tratado adequadamente.
Para a prevenção é fundamental evitar ferimentos no animal, não se evitando, deve-se fazer a higienização da área afetada imediatamente, limpando-a e utilizando um medicamento próprio para o caso e que tenha propriedade repelente, evitando assim, que moscas varejeiras depositem seus ovos na ferida. Os animais devem ser inspecionados freqüentemente a fim de detectar feridas. Deve-se evitar o uso de cães ferozes que possam morder os animais durante o manejo. Nunca utilize instrumentos pontiagudos para manejar os animais. Controle a lotação de animais para evitar brigas e predisposições a ferimentos. Durante os meses quentes e chuvosos do ano, ocorre um grande aumento da população de moscas, e como conseqüência, um aumento de bicheiras também, portanto os cuidados com seus animais nesse período do ano devem ser redobrados.
Para o tratamento faz-se o uso de medicações injetáveis ou orais que matarão as larvas. Dependendo do grau da infecção poderá ser necessário o uso de outros medicamentos para o combate às infecções bacterianas e a inflamação local. Todo o tratamento deverá ser acompanhado por um veterinário que prescreverá também produtos para ajudar na cicatrização, e conter o sangramento.
São inúmeros os prejuízos que as bicheiras causam, desde sofrimento ao animal e desconforto, até a diminuição da produtividade, pelo fato de perderem a resistência e a força. Sendo assim, é muito importante que o criador fique atento aos cuidados com seus animais para que animal e produtividade não sofram danos.

Fonte: Saude Animal
 Adaptação: Revista Veterinária

quinta-feira, 28 de março de 2013

Cidade chinesa está instalando banheiro público para cachorros


De acordo com o jornal “Shenzhen Special Zone Daily” representantes do distrito de Luohu, na China, realizaram um encontro para conscientizar os donos a respeito da limpeza da cidade e, na reunião, os líderes comunitários declararam que irão iniciar a construção de banheiros públicos para cachorros.
Antes mesmo da lei que deve regulamentar as obras ser aprovada o distrito já instalou 30 banheiros de 1 metro quadrado, nos quais os animais podem fazer suas necessidades. Os representantes afirmaram também que outros 80 já foram finalizados.
 Até o final do ano o distrito pretende instalar mais de mil toaletes caninos. Nas redes sociais chinesas as opiniões em relação ao fato estão divididas. Enquanto algumas pessoas escreveram na rede social “Weibo” que acham um absurdo o dinheiro público ser usado nesse tipo de coisa, outros afirmam que seria uma boa solução para a grande quantidade de fezes de animais encontradas nas calçadas.
Fonte: G1
Adaptação: Revista Veterinária

quarta-feira, 27 de março de 2013

Como cuidar da “Cegueira em cães”


Os anos passam mais rápido para os cães, se comparados com nós seres humanos. Em média eles vivem de 12 a 15 anos, sendo que, aos sete ou oito anos, eles começam a envelhecer, e é nessa fase da vida que os cuidados com seu cão devem ser redobrados. O dono deve ficar atento e conhecer as doenças que podem acometer seu animal a partir desse momento.
Entre os sentidos mais importantes para os cães, a visão ocupa o terceiro lugar, ficando atrás do olfato e da audição. Portanto, quando seu cão por algum motivo perde a visão, alguns procedimentos devem ser tomados para que seu animal continue levando uma vida saudável.
A cegueira normalmente atinge cães com idade mais avançada, mas ela pode também acometer cães filhotes, o que não é muito comum. Às vezes ela pode ser reversível, ou não, em qualquer um dos casos, o dono deve buscar orientação com um profissional da área para ajudar seu cão. Algumas atitudes de prevenção como um bom manejo alimentar e vacinal podem evitar que seu cão sofra com esse problema.
Os primeiros sinais de que a visão de seu cachorro não está saudável podem ser sutis. Geralmente o cão apresenta alguns sintomas comportamentais como uma leve dificuldade para encontrar petiscos, e também brinquedos, lembrando que as “topadas” em objetos podem ser freqüentes. Dentre os sintomas físicos estão, o lacrimejamento constante, presença de secreções límpidas ou purulentas, coceira, vermelhidão ocular e sensibilidade exacerbada à luz. Assim como os humanos, os cães também sofrem por vários problemas de visão, o mau posicionamento das pálpebras (entrópio), úlceras de córnea, olho seco, glaucoma, catarata, são os casos mais comuns. Portanto, quanto mais cedo se detecta o problema mais aumenta as chances de restituição.  É importante que o dono leve seu cão ao veterinário assim que perceber sintomas comportamentais ou físicos que indiquem alguma perda de visão.
A partir do momento em que o dono descobre que seu cão está cego, ele deve tentar da melhor forma possível que seu amigo se adapte a sua nova forma de vida. Os cães têm a capacidade de “decorar” o lugar utilizando os outros sentidos, principalmente o olfato. Eles “gravam” mentalmente onde está toda a mobília da casa, e, para ajudá-los, existem alguns “truques” que podem ser utilizados como, não modificar os móveis de lugar a todo o momento, colocar protetores de silicone em quinas de mesas e armários. Em locais que ofereçam algum risco como piscinas, escadas, etc..; é fundamental que se coloque redes de proteção, ou que se impeça o acesso. Ração e água, sempre devem estar acomodados no mesmo local. Comunique-se com seu cão usando a voz, para que ele se guie pelo som e possa localizá-lo com mais facilidade. O uso de brinquedos que tenham cheiros ou sons é uma boa alternativa para que ele possa se divertir.
Com esses pequenos cuidados você irá facilitar a vida do seu cãozinho, que, na maioria das vezes se adapta com rapidez à cegueira. Cabe ao proprietário manter a calma e o bom senso nessa fase de readaptação do cão, tratando seu animal de estimação com muito carinho, e acima de tudo respeitando suas limitações.
Por: Thamire Gomes – Revista Veterinária

terça-feira, 26 de março de 2013

Mau hálito dos cães precisa ser tratado

Vamos admitir: todo cão tende a exalar um hálito forte. Mas, quando dá para sentir o aroma a distância e ele parece insuportável — quando seu amigo o encara, por exemplo —, fique de olho. De olho na boca do animal, bem entendido. Em uma situação dessas, é possível que você note uma área mais avermelhada nas gengivas e até pequenos pontos sangrando. São sintomas típicos das doenças periodontais, provocadas pelo acúmulo de tártaro e placa bacteriana nos dentes. A menor das ameaças, no caso, é seu cachorro terminar banguela. Sim, porque esses males podem abrir brechas para micróbios que atacam órgãos vitais como coração, rins e fígado. 

Nada disso acontece quando o cão é submetido a escovações diárias nos dentes. "O ideal é que ele se acostume com isso desde filhote", orienta o veterinário e cirurgião Herbert Lima Corrêa, do Centro Odontológico Veterinário, a Odontovet, em São Paulo. "Essa rotina evita as infecções por trás do mau hálito, que ameaçam a saúde do bicho", alerta. 

Se o seu animal não está acostumado a esse trato diário no sorriso, nunca é tarde para começar. O mais difícil, às vezes, é disciplinar o dono: "Ele precisa reconhecer a importância da escovação para se sentir motivado", observa o veterinário Marco Antonio Gioso, que é professor da Universidade de São Paulo

O veterinário e adestrador Wagner Zoriki, da Organização Cão Cidadão, em São Paulo, acrescenta que o momento de cuidar dos dentes deve ser prazeroso para o cão, assim você não corre riscos de ser mordido. "Quando for apresentar a escova e a pasta dental, recompense com um petisco. Dessa forma, ele associará o momento da limpeza a um agrado", ensina. 

Tanto a escova quanto a pasta devem ser apropriadas para o uso canino. O creme dental, aliás, pode ser engolido, porque cachorro não faz bochecho nem cospe. O sabor? Existem pastas com gosto de carne, de frango... Caso o tártaro já tenha se instalado, o jeito será partir para o tratamento, que consiste em raspar as gengivas e polir os dentes. E sempre leve seu cachorro ao dentista — pelo menos uma vez por ano. 

segunda-feira, 25 de março de 2013

Deficiência de Cálcio e Fósforo nos Cães | Série Doenças Caninas

Olá amigos, neste artigo vamos falar um pouco mais sobre doenças caninas que envolvem a Deficiência de Cálcio e Fósforo nos cães, esperamos que tenha uma boa leitura e conhecimento.


Algumas das deficiências alimentares se dão na maioria das vezes pela alimentação inadequada dos animais, quando temos um predador e começamos a alimenta-lo somente com comidas artificiais certamente podemos estar criando uma bomba relógio, isso em tanto em seu cão como nos seres humanos, uma alimentação inadequada e com falta dos nutrientes corretos ao organismo certamente estarão acompanhadas de consequências no futuro. Vamos especificar algumas dessas doenças:
- Raquitismo
- Osteomalácia
- Osteoporose



domingo, 24 de março de 2013

Passeio bom pra cachorro: Saiba onde levar seu cão


Cães recebem tratamento vip em diversos lugares da capital paulista
Tatiane Moreno
Vai a um restaurante com a família inteira e não sabe com quem deixar seu cachorro? Que tal levá-lo junto com você?
Agora isso é possível em alguns estabelecimentos. Segundo a consultura de comportamento da empresa Cão Cidadão, Alida Gerger, o mercado com espaço ‘pet friendly’ (amigo dos animais) está crescendo consideravelmente no Brasil.
"Embora ainda não seja como na Europa, onde até existem lugares que aceitam cães, mas não aceitam crianças, hoje em dia muitos hotéis e restaurantes permitem que seus clientes levem seus cachorros. Enquanto a pessoa aproveita o ambriente, almoça e bate-papo, por exemplo, eles podem permanecer ao lado, com todo o conforto e pratos elaborados. Alguns servem até carpaccio", explica a médica veterinária.
Entretanto, para sair de casa com seu bichinho de estimação é necessário saber se ele gosta de fazer este tipo de passeio. "O cachorro tem que se portar com educação, aceitar o convívio com outros animais. Se for um cão muito ansioso ou agressivo, ele primeiro terá de passar por algumas aulas para evitar certos constrangimentos como colocar as patas sobre a mesa ou pedir comida ao dono em momentos inapropriados", ressalta.
Antes de sair de casa é sempre bom que o dono ligue no estabelecimento e conheça as regras do local. "É essencial que o cão esteja em boas condições de saúde, com as vacinas em dia, limpo, usando guia e coleira. Tudo depende também do bom senso do dono, que sempre deve procurar saber detalhes do espaço já que cada restaurante funciona de uma maneira", afirma Alida.
Para os cães ainda não preparados para frequentar ambientes fechados, a melhor opção são os parques. "Em São Paulo, o Ibirapuera, o Villas Lobos e o parque do Povo são boas escolhas. Só é preciso tomar muito cuidado com os cães que se mostram agressivos. Embora muita gente considere a focinheira como um instrumento de tortura, costumo compará-la a um salto muito alto ou a uma gravata apertada: é preciso apenas saber usar para que não machuque ou traga problemas e um cão agressivo não precisa ser privado do passeio".
É possível ainda encomendar aulas específicas para que os cães aprendam a se portar em determinados ambientes. "Nestes casos vamos até o local e ensinamos o cachorro a esperar o dono ir ao banheiro, almoçar ou mesmo ficar do lado de fora", explica a veterinária.
Veja abaixo uma lista de alguns lugares que permitem a entrada de cães em São Paulo e aproveite para fazer um passeio com o seu melhor amigo:
Bar da Vila
Rua Joaquim Távora, 1322 – Vila Mariana 
Telefone: (11) 5539-4887
Observação: Aceita pets somente na área externa.
Bar Sachinha
Rua Pascoal Vita, 208 – Vila Madalena 
Telefone: (11) 3815-0809
Observação: Aceita somente pets de porte pequeno na área externa.
Central das Artes
Rua Apinagés, 1.081 – Sumaré 
Telefone: (11) 3865-4165
Observação: Aceita pets em um lugar separado das mesas.
Mercearia São Pedro
Rua Rodésia, 34 – Vila Madalena 
Telefone: (11) 3815-7200
Observação: Aceita pets somente na área externa.
Pirajá
Avenida Brigadeiro Faria Lima, 54 – Pinheiros 
Telefone: (11) 3815-6881
Observação: Aceita pets de qualquer porte somente nas mesas da varanda ou da área externa, desde que sejam mantidos sempre na guia.
Porto Luna
Rua Tabapuã, 1417 – Itaim 
Telefone: (11) 3071-2878
Observação: Aceita pets somente na área externa do bar.
Fran’s Café
Alameda Campinas, 1061 – Jardim Paulista 
Telefone: (11) 3057-3160
Observação: Permite pets de qualquer porte na área externa, com direito a um pote de água.
Shopping Villa-Lobos
Av. das Nações Unidas, 4.777 – Alto de Pinheiros 
Telefone: (11) 3024-4200
Observação: Permite cães de todos os portes, desde que conduzidos nas guias e não tenham acesso à praça de alimentação.
Parque da Aclimação
Rua Muniz de Souza, 1119 – Aclimação 
Telefone: (11) 3208-4042
Observação: Permite a circulação de cães de qualquer porte, desde que conduzidos na guia.
Parque Alfredo Volpi (Parque Morumbi)
Rua Engenheiro Oscar Americano, 480 – Cidade Jardim Telefone: (11) 3031-7052
Observação: Aceita a circulação de cães desde que conduzidos na coleira e guia.
Parque Chico Mendes
Rua Cembira, 1201 – Vila Curuçá 
Telefone: (11) 6135-2270
Observação: Permite a circulação de cães e gatos desde que conduzidos na guia.
Parque do Carmo
Avenida Afonso de Sampaio e Souza, 951 – Itaquera 
Telefone: (11) 6748-0010
Observação: Permite a circulação de animais de qualquer porte, desde que conduzidos na guia.
Parque da Luz
Praça da Luz s/nº – Bom Retiro 
Telefone: (11) 3227-3545
Observação: Permite a circulação de cães de qualquer porte, desde que conduzidos na guia.
Parque do Ibirapuera
Avenida Pedro Alvares Cabral, S/n – Vila Mariana 
Telefone: (11) 5574-5177 
Observação: Permite a circulação de animais de qualquer porte.
Parque do Povo
Avenida Henrique Chamma, s/ nº – Chácara Itaim
Observação: Permite a circulação de animais de qualquer porte, desde que conduzidos na guia.
Parque Villa Lobos
Avenida Professor Fonseca Rodrigues, 2001 – Alto dos Pinheiros 
Telefone: (11) 3023-0316 
Observação: Possui 3 bebedouros para cachorros e um “cercadinho” que, como o nome diz, é um espaço cercado onde os cães podem brincar livremente sob a supervisão dos donos. Se quiser passear o cachorro por outras áreas, a regra é conduzi-lo pela coleira.
Para saber mais endereços acesse o site Curtindo São Paulo Juntos.

sábado, 23 de março de 2013

O que você precisa saber sobre alergia em cães

O que é alergia?

       Toda reação anormal do sistema imunológico a substâncias comuns, tais como pólen, fungos, bolores, ácaros, pó, certos alimentos e substâncias químicas. As reações alérgicas são desagradáveis, muito sérias, em sua maioria, e ainda fatais, mesmo que poucas. Elas são causadas pela inalação ou ingestão de alérgenos, nome dado aos agentes responsáveis pela doença, ou pelo contato direto do animal com a substância à qual ele é sensível.


Quais os sinais clínicos?

       A constante coceira é o sinal mais comum das alergias em animais de estimação, mas, além dela, há outros: irritação na face e lambedura ou mordedura das patas e em várias partes do corpo, entre elas flanco, patas, face, ao redor dos olhos, boca, orelhas e áreas próximas a base da cauda. 

       A principal causa dos problemas de pele crônicos em cães é a alergia, mesmo que nem toda coceira se atribua à alergia. Vale lembrar que doenças da tireoide, infecções de pele, pulgas e micoses causam sintomas semelhantes.


O que causa alergia?

       Há muitas causas, mas algumas são de origem genética. Os sinais da alergia nos animais acometidos aparecem após o contato com alérgenos durante alguns meses ou até por anos. O animal, então, começa lambendo ou mascando suas patas. Alguns sinais são tão serenos, que o dono do animal nem percebe. No entanto, quando os animais continuam expostos aos alérgenos, os sintomas aumentam gradativamente, podendo evoluir para uma coceira persistente em várias partes do corpo, formando feridas que frequentemente se contaminam.


Quando há crises?

       Quando o animal é exposto a altas concentrações de alérgenos aos quais ele é sensível, os sintomas se manifestarão. Os alérgenos mais comuns, como pó caseiro, ácaros, fungos e leveduras provocam sinais de alergia durante todo o ano; plantas que polinizam durante a primavera ou verão provocam sinais de alergia somente nessas épocas; alergias a alimentos podem ocorrer durante todo o ano. Um bom diagnóstico das doenças alérgicas requer uma combinação de fatores como histórico clínico, exame clínico, teste alérgico e diagnóstico apropriado das doenças de pele secundárias, que quase sempre estão associadas às alergias.


Existe prevenção?

       As alergias podem ser controladas, não prevenidas. A maioria das doenças alérgicas é herdada geneticamente e, portanto, não há uma maneira de preveni-las. A melhor forma de controlar é evitar o contato do animal com os alérgenos aos quais ele é sensível. Portanto é importante encontrar meios alternativos de controlar as alergias.


Como diagnosticar as causas da alergia?

       Após um exame clínico completo, seu médico veterinário irá coletar uma pequena amostra de sangue de seu animal e irá encaminhar ao laboratório. A amostra de sangue será submetida a uma bateria de mais de 80 testes diferentes, verificando-se a sensibilidade para inúmeros agentes causadores das alergias, tais como pólen de árvores, plantas, gramas, ervas, arbustos, pó caseiro, fungos, bolores e alimentos. Esse número de alérgenos testados corresponde a aproximadamente 90% das substâncias mais importantes existentes no meio ambiente, que podem ser causadoras das alergias. Toda a bateria de testes é realizada com alérgenos encontrados no Brasil.


Como tratar as alergias?

       Há vários meios de controlar os sintomas clínicos. Geralmente, são utilizados medicamentos à base de corticosteroides de curta ação, por um breve período, com a finalidade de aliviar os sintomas. Quando esses medicamentos são utilizados por um longo prazo, causam sérios efeitos colaterais para a saúde do animal e diminui sua qualidade e duração de sua vida. Logo, corticosteroides de longa ação não devem ser utilizados. Quando os sinais são graves ou crônicos, devem ser utilizados tratamentos específicos das alergias, como Imunoterapia, que consiste em injeções de alérgenos. De acordo com as necessidades do animal, o dono e o médico veterinário discutirão qual a melhor alternativa.


Como conseguir êxito no tratamento?

       O sucesso deste tratamento depende de diversos fatores incluindo o estado geral de saúde de seu animal, as causas e a severidade dos sintomas da alergia e a própria resposta do paciente aos tratamentos preconizados. As etapas para o sucesso no tratamento das alergias são:

1.Identificação dos alérgenos aos quais seu animal é sensível, através dos testes alérgicos, seguidos pelo tratamento por Imunoterapia; 
2.Tentar reduzir ao máximo a concentração dos alérgenos no ambiente, através da limpeza constante; 
3.Utilizar a medicação recomendada pelo médico veterinário, para controlar os sintomas clínicos; 
4.Acompanhamento frequente do médico veterinário responsável pelo caso clínico.

A combinação desses fatores resultará no controle e tratamento da maioria dos pacientes.


Sugestões de controle ambiental

Pó e ácaros de pó:

Se o animal tiver cama, colocar uma capa plástica sobre ela e lavá-la frequentemente com água quente. Evitar deixar o animal dormir sobre madeiras úmidas ou mofadas. E, além disso, evitar contato com carpetes ou tapetes e sempre limpar o local onde o animal dorme.


Fungos e bolores:

Evitar deixar o animal andar sobre gramados molhados; não ter muitas plantas em casa; não deixar o animal em lugares úmidos da casa, como banheiro ou lavanderia; usar desumidificadores nos locais úmidos e, sobretudo, secar o animal após o banho.


Pólen:

Manter a grama baixa; lavar o animal após o contato com a grama, ervas ou arbustos; na estação de polinização, primavera, manter o cão em casa, ao anoitecer ou amanhecer. 

Sorria! Cuide bem do seu gatinho!