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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Fisioterapia para animais idosos


Assim como acontece com os humanos, com o passar dos anos os animais sofrem os efeitos deletérios da idade. O sistema músculo esquelético (ou seja, os músculos, articulações, tendões e ligamentos) é extremamente afetado pelo desgaste. No caso dos eqüinos, principalmente daqueles destinados ao esporte, é comum o aparecimento de lesões por esforço repetitivo, e a instalação de processos crônicos como osteoartrose, tendinites, desmites e lombalgias.

Nos cães ocorre uma diminuição progressiva da movimentação, começam a “brincar” menos, diminuem a freqüência de passeios e passam uma maior quantidade de tempo dormindo. Muitas vezes isto pode estar associado a dores crônicas, principalmente se é notada uma dificuldade do animal para se levantar, subir escadas, se posicionar para urinar ou defecar e se este apresenta claudicações (“manqueiras”) intermitentes. As causas podem ser as osteoartroses, atrofias por desuso, lesões na coluna e a progressão de afecções como displasia coxo-femoral síndrome da cauda eqüina etc.

O manejo da dor crônica em animais idosos pode se tornar um desafio para os médicos veterinários e proprietários, a maioria das afecções que acometem estes animais não possuem uma cura definitiva, o tratamento em geral objetiva o alivio da dor e é feito através de medicações analgésicas como antiinflamatórios não esteroidais, corticóides e em casos severos opióides. Entretanto, o uso prolongado destes medicamentos possui efeitos colaterais que também são deletérios ao organismo dos nossos pacientes, fazendo com que muitas vezes o controle da dor seja dificultado por outros problemas como, por exemplo, as ulceras gástricas.
A fisioterapia pode ajudar nestes quadros, não de forma alternativa, mas atuando como complemento ao tratamento clínico. Entre as técnicas utilizadas para promover o conforto dos animais, destacam-se a eletro acupuntura e outras modalidades de eletroterapia (p.ex, a eletro estimulação transcutânea de baixa freqüência), massagem, luz infravermelha e crioterapia.

Na medicina humana é comum o conceito de que a ausência de movimentos é prejudicial, causando aderências em tecidos, fibroses, diminuição da amplitude de movimento articular e predispondo a obesidade, o mesmo é válido para os animais. Com a prática de mobilizações passivas, exercícios controlados e hidroterapia é possível melhorar a qualidade de vida e a motivação diária destes pacientes, tornando a velhice mais uma parte do processo de existência sem que isto se transforme em um transtorno para toda a família.
Porém, existem alguns aspectos que são fundamentais para o sucesso deste tratamento, é importante estabelecer protocolos individuais que se ajustem as necessidades de cada caso, estabelecer um prognóstico o mais rápido possível para não criar falsas expectativas nos proprietários, trabalhar em equipe mantendo sempre a troca de informações com os clínicos responsáveis e envolver o dono como parte do processo de terapia, através de recomendações simples que efetivamente ajudam na rotina de lidar com estes pacientes. E sempre é importante lembrar que na maioria dos casos estamos buscando um meio de conviver com uma condição promovendo melhora da qualidade de vida e não a cura definitiva.

Em muitos casos não é possível substituir os protocolos de medicação para o controle da dor, porém pode-se diminuir a dose e/ou a freqüência de utilização dos mesmos minimizando os efeitos colaterais. Estes ajustes são feitos pelo clinico que avalia a evolução do quadro e trabalhando em sinergismo podem utilizar a fisioterapia como mais uma ferramenta para o manejo da dor crônica.
Muitas vezes estes animais idosos necessitam um acompanhamento permanente e um estímulo constante das técnicas de fisioterapia, em geral estes são os casos que não podem ficar sem medicação e que já se beneficiam com a possibilidade de diminuir a freqüência do uso.
Figura 5: Sedinha, 10 anos, SRD, fêmea – Alongamentos para manter a mobilidade
Não apresentando contra indicações para esta finalidade, o emprego da fisioterapia ainda tem como aspecto positivo uma maior interação entre o proprietário e seu animal de estimação, seja este um cavalo idoso que pode ser novamente cavalgado de forma controlada ou um cão que necessita da presença do dono para fazer exercícios, em ambos os casos é gratificante observar a melhora e fazer parte do processo de reabilitação. Com certeza não podemos vencer os efeitos do tempo sobre o organismo, mas é possível conviver com estes e aproveitar cada dia junto aos nossos companheiros propiciando conforto e bem estar em todas as etapas da vida.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Leptospirose

A lepstospirose e enfermidade endêmica, bastante comum em épocas de chuvas. É uma doença causada por bactéria, a LEPTOSPIRA ssp, afetando a maior parte dos animais inclusive o homem. É transmitida através da urina, água e alimentos contaminados pelo microorganismo, pela penetração da pele lesada, e pela ingestão. O cão e outros animais como por exemplo rato, bovino e animais silvestres também podem contrair a doença e transmiti-la.
A doença é causada principalmente pela urina que os ratos e os camundongos deixam, de preferência próximo a lugares onde encontram algo para comer: restos de comida de cachorros, lixo, ossos etc.. Um cão que logo pela manhã, no quintal ou no jardim, focinha o rastro de um rato e lambe um pouco da urina do roedor é, na maioria dos casos, condenado.

SINTOMAS NOS ANIMAIS:
Depois de 8-14 dias de contágio, manifesta-se a icterícia, o animal evacua água quase preta, vomita fortemente e morre depois de 3 ou 4 dias.
Os primeiros sinais clínicos observados nos animais doentes são anorexia, apatia, vômito e febre evoluindo para anemia, icterícia, poliúria, polidipsia, diarréia, a urina pode apresentar-se com sangue e aparecem erosões (úlceras) na boca ou língua.


PROFILAXIA NOS ANIMAIS:
Para evitar a leptospirose a profilaxia indicada é:
1. a vacinação anual do seu animal de estimação;
2. drenagem de águas paradas; limpeza de terrenos baldios;
3. colocação de cloro na água;
4. desinfecção e limpeza do local eliminando restos de comidas que possam atrair ratos e fechar hemerticamente as latas de lixo caseiro;
5. fechamento de buracos entre telhas, paredes e rodapés;
6. controle de roedores e animais silvestres;
7. isolamento do animal portador, tratamento; e todo material que entrou em contato com o animal deve ser desinfectado ou incinerado.
8. Uso de luva ao lidar com o animal doente.
SINTOMAS NOS HUMANOS:
Período de incubação é de 5 -18 dias. Na primeira semana a pessoa sente febre, cefaléia, mal-estar e prostração, dores difusas, principalmentenas panturrilhas, conjuntivas congestas, às vezes difusões hemorrágicas.
O homem infecta-se ao pisar descalço no solo ou fazer uso da água e alimentos contaminados. O número de casos de leptospirose aumenta quando ocorrem enchentes, devido ao fato de que o esgoto pode abrigar animais portadores da doença e eliminá-la pela urina no local, e quando extravasam atingem as pessoas contaminando-as.


PREVENÇÃO NOS HUMANOS:
Evitar contato com águas de enchente, ou utilizar proteção como botas de borrachas em locais alagados;
  • Proibir pessoas de nadarem ou lavarem roupas em águas suspeitas de contaminação;
  • Combater roedores, proteger alimentos e água de consumo;
  • Não utilizar água de poço inundado;
  • Prevenção em locais de grupos de risco: operários que atuam em limpeza de esgoto, córregos, e demais áreas sujeitas a contaminação, como lavouras irrigadas (arroz), através do uso de botas e luvas;
  • Lavar e desinfetar a caixa de água, assim como observar a perfeita vedação da mesma.
Diagnóstico - Deve ser laboratorial e o material a ser enviado é o soro.

Tratamento - antibioticoterapia.
Recomendamos, novamente, a vacinação do seu cão, procure seu clínico veterinário de confiança para que se estabeleça um esquema de vacinas que garanta seguridade a você, seus familiares e seu animal.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
- GEARY, Michael - Tudo sobre cães. Círculo do Livro, São Paulo -1978.
- GYGAS, Théo - 1000 perguntas 1000 respostas, São Paulo - 1975
- Informe Epidemiológico do S.U.S., Fundação Nacional de Saúde, 1996, Brasília.
- Publicação da Secretaria Nacional de Ações Básicas de Saúde, Divisão Nacional de Zoonoses, 1987, Brasília.

Colaboração de  Lúcia Helena S. De Cicco
Editora-Chefe da Revista Saúde Animal

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Gripe Canina


Os cachorros, como a gente, também podem pegar gripe. Em cães, essa doença é chamada de tosse dos canis ou traqueobronquite infecciosa canina. Ela é altamente contagiosa entre os cães, mas raramente evolui para algo mais grave. No entanto, os cachorros doentes podem ter muito incômodo para comer ou dormir.
Muitas pessoas pensam que, por ser chamada de tosse dos canis, essa doença só é transmitida, se o animal ficar num canil, mas isso não é verdade. Como ocorre na transmissão da gripe entre seres humanos, qualquer cachorro que compartilhar um mesmo ambiente pode pegar gripe de outro, ou seja, num simples passeio pelo parque, durante um banho no pet shop ou estada de final de semana no hotel etc.
A gripe canina é causada por diversos agentes infecciosos, entre os quais se incluem o vírus da parainfluenza, a bactéria Bordetella bronchiseptica e o adenovírus tipo 2, além de micoplasmas, reovírus e herpesvírus que também contribuem para a ocorrência dessa doença.
Na maioria dos casos, a gripe é resultado da presença de mais de um desses microorganismos, sendo que o agente mais comum é o vírus da parainfluenza que provoca sintomas leves que duram até 6 dias, se não estiver presente nenhuma bactéria.
A bactéria mais observada em casos de gripe canina é a Bordetella bronchiseptica.
O clima frio e seco favorece o aparecimento da gripe canina, que é facilmente transmitida de um animal doente para outros por meio da tosse e espirros ou objetos contaminados. A transmissão aumenta quando há aglomeração de animais, como em parques, praças, canis, hotéis, abrigos e lojas de animais.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Brasil tem apenas 60 cães guias para 2 milhões de deficientes visuais


Quando Boris, um labrador de dez anos, se aposentou, no final de 2008, Thays Martinez, 35, precisou encontrar um novo companheiro de caminhada. O escolhido foi Diesel, 2, da mesma raça. "Estamos nos adaptando, e ele é excelente", afirma a advogada, que perdeu a visão aos quatro anos e foi pioneira no uso de cão guia para se locomover em São Paulo.
Adaptação, no caso, é aumentar a sintonia entre ambos, para que o animal leia automaticamente os comandos da dona.
No Dia Internacional do Cão Guia, comemorado em 29 de abril, lá estava Diesel, que estreou na função há quatro meses, no shopping Iguatemi. Ele participou do evento de conscientização promovido pelo Iris (Instituto de Responsabilidade e Inclusão Social), fundado por Thays em 2002.
Rodrigo Marcondes/Folha Imagem
Thays Martinez, 35, posa para foto com Diesel, 2, seu novo cão guia; advogada perdeu a visão quando tinha quatro anos de idade
Thays Martinez, 35, posa para foto com Diesel, 2, seu novo cão guia; advogada perdeu a visão quando tinha quatro anos de idade
Ela ficou conhecida como a "moça do cão guia" por ter sido barrada no metrô de São Paulo em maio de 2000. Saiu vitoriosa de uma batalha judicial que fez de Boris o primeiro animal autorizado a guiar um cego pelos trens urbanos da cidade. Um marco na garantia do direito de ir e vir dos deficientes visuais.
Há muito a conscientizar e pouco a festejar sobre o assunto. Treinado nos EUA, Diesel é um dos 60 cães que guiam deficientes no Brasil, enquanto existem quase 2 milhões de cegos no país, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Só no Iris, mais de 2.000 pessoas esperam na fila por um cão guia. Um dos motivos da espera é que poucas ONGs brasileiras se dedicam ao treinamento. É o caso do Instituto de Integração Social e de Promoção da Cidadania (Integra), localizado em Brasília, que desenvolve o projeto Cão Guia de Cegos, desde 2002, em parceria com o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.
De lá, saíram 26 cães guias que estão espalhados pelo Brasil. "Podemos capacitar mais, só que faltam recursos", diz Michele Pöttker, coordenadora do projeto que tem patrocínio de empresas como Bayer e Premier.
A ONG tem mais de 250 pessoas cadastradas para receber um cão. "O treinamento e a manutenção de cada animal custam em torno de R$ 20 mil para a entidade", estima Michele. O usuário não paga pelo cão. As únicas despesas são de alojamento e alimentação no período de adaptação -que dura de 15 a 25 dias. A diária fica em torno de R$ 60.
Já o Iris não realiza treinamento completo no Brasil. O instituto paulistano fez uma parceria com a Leader Dogs, escola de treinamento de Detroit, nos Estados Unidos. "A escola nos doa oito cães por ano, e conseguimos, a duras penas, mandar os deficientes para lá", explica Thays. O parceiro brasileiro banca passagens e um dossiê em inglês contendo informações e imagens do usuário.
O processo esbarra na falta de recursos. "Se fizéssemos o treinamento por aqui, seria menos burocrático e mais deficientes teriam cão guia", afirma. Em 2009, o Iris deve enviar mais oito cegos aos EUA.
O advogado Genival dos Santos, 30, foi um dos deficientes apadrinhados pelo Iris. "Em 2006, fui aos Estados Unidos 'buscar' meus olhos." Layla, uma labrador de três anos e meio, possibilita a vida agitada de Genival. "Ela me acorda todos os dias às 6h. Vamos a uma praça para que faça suas necessidades e seguimos para o trabalho", conta.
Genival trabalha em um banco na avenida Paulista que, segundo ele, trata Layla como "funcionária". "Ela tem uma graminha especial, dentro do banco, para fazer xixi quando der vontade."
Morador do Jabaquara, ele usa o metrô diariamente e fez amigos pelo trajeto. Mas ainda sofre com a desinformação da população: "Layla é sempre distraída pelas pessoas. Acham que ela não saberá me conduzir na escada rolante e na entrada do trem".
Incidente no metrô
A boa vontade pode atrapalhar. Há poucos dias, Genival tropeçou quando ia entrar no metrô justamente porque um passageiro tentou lhe dar a mão. "As pessoas não confiam no cão guia", constata.
Para o treinador Moisés Vieira Jr., há 13 anos na função, a principal característica que um animal deve ter para virar guia é ser fiel ao dono. "Todo cão pode aprender, desde que seja bem treinado e que tenha um comportamento que mescle segurança e obediência."
Foram tais qualidades de Boris que conquistaram Thays. O cão guia era sua sombra e adivinhava suas vontades. O sinal de que era hora de aposentá-lo veio depois de um incidente: Boris não conseguiu desviar a dona de uma escada em plena Paulista.
Resultado: ela bateu a cabeça na escada. "Eu chorava de tristeza, e as pessoas achavam que era de dor", conta Thays, que se deu conta de que era hora de dar descanso a quem lhe serviu tanto.
Para ser um cão guia
  • O animal deve ter comportamento dócil e estável, além de ser sociável, atencioso, obediente e de não se distrair facilmente.
  • No Brasil, o labrador é a raça mais utilizada, seguida do golden retriever e do pastor alemão, que é a preferida no exterior.
  • O cão selecionado vai para a casa de uma família, onde permanece por até dez meses. Em seguida, volta para a escola e fica de seis meses a um ano em treinamento específico com os treinadores.
  • Por fim, o animal treinado passa por um processo de adaptação ao usuário, de forma que o deficiente encontre um cão adequado às suas necessidades.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Displasia


A Displasia Coxofemoral (DCF) é uma patologia que se caracteriza por uma má formação da cabeça do fêmur e acetábulo devido a uma instabilidade presente na região, levando ao aparecimento de alterações osteoartróticas. Sua primeira descrição em cães foi em 1935 e também já foi diagnosticada em outras espécies como gatos, bovinos, eqüinos, animais silvestres e até o homem. Acomete todas as raças, sendo mais comum nas raças de médio e grande porte, que apresentam rápido crescimento como Pastor Alemão, Fila Brasileiro, Rottweiller, São Bernardo, Labrador entre outras, não apresentando predileção por sexo.
Os cães displásicos nascem com articulações coxofemorais normais, e ocorrem subseqüentemente progressivas alterações estruturais que incluem relaxamento articular, inchaço, desgaste e ruptura de ligamentos, arrasamento da cavidade articular, subluxação da cabeça do fêmur, erosão da cartilagem articular, ossificação subcondral, remodelação da borda acetabular e da cabeça do fêmur, e produção de osteófitos na região periarticular.

Etiologia

Acredita-se que a DCF possui etiologia multifatorial, sendo os seguintes fatores relacionandos com o desenvolvimento da doença:
  • Genético: A DCF possui herança poligênica quantitativa (aproximadamente 18 genes) de herdabilidade média a alta, ou seja quanto maior o grau de parentesco com animais displásicos maior é a probabilidade da prole ser displásica;
  • Nutricional: Dietas com altos índices de energia, proteína e cálcio proporcionam um rápido crescimento e um ganho de peso excessivo (aumenta o peso sobre a articulação) induzindo ao aparecimento da DCF;
  • Massa Muscular Pélvica: Animais com menores proporções de massa muscular pélvica possuem maiores chances de desenvolverem a DCF. Segundo Riser e Shirer os animais que apresentarem índice de massa muscular pélvica [(peso da musculatura pélvica/peso corporal) x 100] menor que 9 irão desenvolver DCF;
  • Alterações Biomecânicas: Forças musculares que atuam na articulação coxofemoral ajudam a manter a cabeça do fêmur encaixada com o acetábulo. Redução, eliminação , ou exaustão das forças musculares levam a uma instabilidade na articulação e subluxação. O rápido crescimento do esqueleto em disparidade com o crescimento muscular também induz o aparecimento da DCF;
Outros fatores como hipotrofia das miofibras do músculo pectínio, alterações que aumentam o volume do líquido sinovial, alterações hormonais (hiperestrogenismo materno), insuficiente síntese proteica, deficiência de vitamina C, excesso de exercícios na fase de crescimento e permanência do animal em pisos lisos que levam a uma instabilidade articular também estão relacionados com o aparecimento da DCF. Deve-se ressaltar que a genética atua como causa principal enquanto os demais fatores podem agravar uma predisposição já existente geneticamente.
Diagnóstico
O diagnóstico da DCF é exclusivamente radiológico. O diagnóstico a partir dos sinais clínicos não é suficiente, pois nem sempre são compatíveis com os achados radiológicos. Portanto não se deve dar um atestado de não displásico apenas pela ausência de sintomas, todos os animais devem ser radiografados.
Para ser radiografado o animal deve ser sedado para facilitar o posicionamento adequado. O animal deve ser colocado em decúbito dorsal com os membros posteriores bem estendidos, paralelos entre si e ligeiramente rotacionados internamente. A pelve deve estar simétrica e a coluna vertebral paralela aos membros.
Existem diferentes técnicas para avaliação da radiografia, as mais usadas são as desenvolvidas pela Orthopedic Foundation for Animals-EUA(OFA), pela Universidade da Pensilvânia-EUA (PennHip), pelo British Veterinarian Association- Inglaterra (BVA) e o Método de Norberg (HD). Para o atestado definitivo os animais devem possuir idade superior a 12 meses pelo BVA e pelo Método de Norberg, e idade superior a 24 meses pela OFA. As fêmeas devem ser radiografadas com pelo menos 30 dias antes ou após o cio, pois a influência hormonal pode causar uma falsa impressão de subluxação.
As estruturas anatômicas a serem analisadas na avaliação radiográfica são: 1-Borda acetabular craniolateral; 2- Margem acetabular cranial; 3- Cabeça do fêmur; 4- Fóvea; 5- Espaço articular; 6- Borda acetabular caudal; 7- Margem acetabular dorsal; 8- Junção cabeça-colo do fêmur; 9- Fossa trocantérica.
Na avaliação radiográfica o animal pode ser incluído nas seguintes categorias de acordo com as alterações presentes:
HD- (equivale aos OFA excellent e good): Animal ausente de DCF. A cabeça do fêmur e acetábulo são congruentes, sendo o espaço articular fechado e regular. Pelo Método de Norberg apresenta apresenta ângulo de aproximadamente 105º (somente como referência);
Excellent hips
HD+/- (equivale aos OFA fair e boderline): Animal suspeito de apresentar DCF, ainda é permitido o acasalamento. A cabeça e o acetábulo apresentam ligeira incongruência respeitando os limites radiográficos. Pelo Método de Norberg apresenta apresenta ângulo de aproximadamente 105º (somente como referência);
Fair hips
HD+ (equivale ao OFA mild): Animal com DCF leve, ainda é permitido o acasalamento. A cabeça e acetábulo incongruentes (mínimo de subluxação), ligeiro arrasamento da cabeça do fêmur. Os sinais de alteração osteoartróticas são mínimos ou ausentes. Pelo método de Norberg o ângulo é aproximadamente 100º;
Mild HD
HD++ (equivale ao OFA moderate): Animal com DCF média. Achatamento da cabeça do fêmur, arrasamento do acetábulo, ossificação subcondral, perda do espaço articular, formação de osteófitos, alterações no colo do fêmur, presença de subluxação. Pelo método de Norberg, apresenta o ângulo maior que 90º;
HD+++ (equivale ao OFA severe): Animal com DCF grave. Presença de luxação, arrasamento severo da cabeça do fêmur e do acetábulo (quase plano), presença de osteófitos em vários pontos, ossificação subcondral, alterações no colo do fêmur. Pelo método de Norberg, apresenta o ângulo menor que 90º;
Severe HD

Sintomas e tratamento

Os sinais clínicos geralmente começam aos 5-8 meses de idade, sendo que em alguns casos não aparecem até os 36 meses de idade. Os sintomas são extremamente variáveis, sendo que os animais podem apresentar dificuldade ao andar, levantar, correr e subir escadas; dorso arqueado, andar cambaleante e claudicação, abrasão das unhas dos membros posteriores; diminuição da amplitude de movimentação dos membros posteriores; atrofia da musculatura dos membros posteriores; sensibilidade local, sendo está exacerbada após exercícios. É importante lembrar que nem sempre existe uma relação entre os sintomas e o grau de displasia que o animal apresenta, isto é animais com displasia severa podem correr, pular e brincar enquanto que animais com displasia leve podem apresentar uma forte claudicação.
Não existe uma cura para a DCF, os tratamentos visam minimizar a dor, combater os sintomas dando uma melhor condição de vida para o animal. Nos casos mais leves recomenda-se a diminuição do peso do animal para reduzir o estresse mecânico sobre a articulação, e fisioterapia (natação) para prevenir ou aliviar o processo inflamatório presente. Nos casos mais graves podem ser usados antinflamatórios não esteróides para o controle da dor, como também podem ser associados precursores de proteoglicanos que são um importante constituinte da cartilagem hialina que forma a articulação. Os tratamentos cirúrgicos incluem osteotomia tripla pélvica (TPO), remoção completa da cabeça e do colo do fêmur, artroplastia completa da articulação, entre outros.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Examine o seu animal


Seguindo o roteiro abaixo, você será capaz de examinar seu amigão minuciosamente. Tornando esse exame uma rotina mensal, será possível saber se é preciso recorrer a ajuda do médico veterinário. Independente desse exame, o veterinário deve ser consultado anualmente para avaliação e vacinação do animal. Se você for comprar um filhote, esse roteiro será muito útil para reconhecer um animal saudável.
1. Cabeça
Comece examinando os olhos do seu amigão:
- devem estar claros, sem inchaço ou secreção purulenta (amarelada);
- abaixando a pálpebra inferior, a parte interna (conjuntiva) deve estar rósea. Qualquer sinal de palidez excessiva (conjuntiva branca) pode indicar anemia.
- observe manchas brancas ou embaçamento na parte escura dos olhos.

Passe para as orelhas:
- examine a parte interna, externa e as bordas;
- observe se há falhas ou crostas que podem indicar ácaros ou sarna;
- o ouvido sadio não tem secreção ou odor. Se notar cheiro fétido no ouvido do seu animal, bem como secreção amarelada ou amarronzada ao limpar com um chumaço de algodão, leve-o ao veterinário para que ele diagnostique uma possível otite.

Examine a boca (desde que seu cão ou gato seja manso):
- levante o lábio superior do animal e observe as gengivas. Elas devem estar róseas, palidez excessiva pode indicar anemia;
- a língua deve ter coloração rósea sempre. Se o seu animal apresentar a língua arroxeada (exceto os chow chows) ou azulada após exercitar-se, consulte o veterinário;
- observe se todos os dentes estão firmes e inteiros. Dentes moles ou quebrados podem causar dor ao animal;
- a presença de tártaro, placas duras e amareladas nos dentes, conferem um hálito bem desagradável ao seu amigão. Se for o caso, leve-o para uma limpeza dentária;
- podem aparecer verrugas em abundância na boca ou lábios dos animais, assim como placas brancas no interior da boca. Nesses casos, consulte o veterinário.

Atenção para o focinho:
- normalmente ele está úmido e frio;
- não deve haver secreção, a menos que o dia esteja muito quente, quando o animal pode "transpirar" pelo focinho;
focinho seco e quente nem sempre indica febre. Se isso ocorrer, observe o animal e aguarde outros sinais como perda de apetite. No caso de febre, além do focinho, as patas e orelhas ficam muito quentes;
- focinho despigmentado (branco) exige a proteção de um filtro solar.
2. Pelagem
Examine a pelagem do seu animal com atenção:
queda uniforme de pêlos, sem apresentar falhas, pode tratar-se de muda anual;
- observe a presença de parasitas como pulgascarrapatos ou bernes (a pele apresenta um orifício e um nódulo abaixo dele);
- cães podem ter piolhos, parasitas que não se movem, são pequenos e acastanhados. Surgem em condições de higiene precárias em canis;
- falhas na pelagem, crostas ou ferimentos devem ser analisados pelo veterinário;
- a presença de nódulos ou verrugas grandes e/ou numerosas também merecem a atenção do veterinário.
3. Corpo
O exame de órgãos internos não é possível ao leigo. Se houver problema em qualquer órgão sempre haverá uma manifestação externa como vômitos, diarréia, excesso ou falta de urina, ingestão exagerada de água, tosse, cansaço, dor ao se movimentar ou tentar pular, "engasgo" após exercício ou excitação, etc. Se notar algum desses sinais, que perdurem por mais de 2 dias, leve seu cão ao veterinário.

- observe se o seu animal está acima do peso. Esse é um parâmetro muito subjetivo, pois aquilo que pode ser "obesidade" para o veterinário, pode não ser para o dono do animal. Se as costelas do cão estiverem aparecendo, é fácil deduzir que ele esteja abaixo do peso. Por outro lado, se o animal perder a "cintura" (curvatura da região do flanco), desconfie que ele esteja muito gordo;
- barriga inchada nem sempre é sinal de muita comida, o animal pode ter vermes;
- na região do ventre (parte inferior da barriga), note se há algum volume na cicatriz do umbigo. Cães e gatos também podem ter hérnia, principalmente os filhotes.

No caso das fêmeas, principalmente, é preciso examinar todas as tetas (cadeia mamária) em busca de nódulos, inchaços e secreções. As cadelas e gatas podem ter tumores, benignos ou não, nas glândulas mamárias. Nas fêmeas castradas antes do primeiro cio, ou até 1 ano de idade, a chance desses tumores é muito pequena. A castração é um método de prevenção.
4. Patas
Flexione e estenda os membros do seu animal suavemente:
- se ele sentir qualquer dor, que persista a um segundo exame, leve-o ao veterinário. Alguns animais detestam que mexam em suas patas. Tente diferenciar a dor do medo;
- olhe entre os dedos das patas e procure por parasitas (carrapatos) ou ferimentos;
- faça o mesmo na parte de baixo, entre as "almofadinhas" (coxins) dos pés;
- se as unhas estiverem muito compridas, leve o animal ao pet shop ou ao veterinário para apará-las.
5. Genitais
No macho, constitui-se do pênis, prepúcio (pele que recobre o pênis), testículos e bolsa escrotal (pele que reveste os testículos). Na fêmea, você observará a vulva que a porção externa da vagina.
- tanto no macho quanto na fêmea, observe a presença de secreção nos genitais. Se for abundante, procure o veterinário sem demora, principalmente, se você tiver uma fêmea acima de 7 anos;
- no macho, note se os dois testículos estão na bolsa;
- atente para a pele que reveste os testículos ("saquinho"), ela deve estar livre de irritações ou feridas;
- os 2 testículos devem apresentar o mesmo tamanho.
6. Cauda
Curto ou longo, não esqueça do rabinho do seu amigão. É em sua base que as pulgas gostam de se aglomerar causando desconforto e feridas pela coceira. Animais de cauda longa e pesada podem ter ferimentos na ponta. Chegando na cauda, o exame do seu animal estará completo!
ATENÇÃO! Esse exame básico NÃO SUBSTITUI O ATENDIMENTO VETERINÁRIO, pelo contrário, ele visa reconhecer problemas prematuramente para você buscar ajuda do profissional veterinário à tempo. Consulte o veterinário regularmente.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O Passeio de Carro


Passear de carro cão cachorro é, sem dúvida, muito gostoso! A maioria dos cães adora ficar olhando para fora da janela, e em muitas vezes eles adoram ficar com a cabeça para fora da janela sentindo o vento em seu focinho. Também é difícil negar que tais cenas são deliciosas.
Segurança
Tudo isso é muito bonito, mas este hábito coloca a segurança de nossos peludos em grave risco! Sejam Pinschers ou Mastins, cães que ficam soltos dentro do carro durante o passeio correm grande risco de se machucar no caso de uma freada mais forte, ou mesmo no caso de uma colisão.
É lógico, que quanto menor for o cão, maior será o risco que ele corre, mas um cão de raça grande corre tanto risco como nós, e é exatamente por isso que você usa o cinto.
Cães de raças pequenas ou minis correm um perigo é ainda maior: qualquer brecada pode fazer com que o cão seja arremessado contra o painel do carro, podendo machucá-lo muito.
O que diz a lei:
O Novo Código de Trânsito trata do transporte de animais na parte interna e na parte externa do veículo:
Art. 252. Dirigir o veículo:
II - transportando pessoas, animais ou volume à sua esquerda ou entre os braços e pernas;
Infração - média;
Penalidade - multa.

Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas do veículo, salvo nos casos devidamente autorizados:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para transbordo.
Esse é um daqueles casos que nem deveria precisar de proibição. Uma simples questão de bom senso deveria ser suficiente para que as pessoas não andassem com seus cães soltos na parte da frente do carro! Cães devem ficar no carro no banco de trás e sempre em segurança seja usando um cinto de segurança próprio para cães ou dentro de caixas de contenção (ou caixa de transporte). E tais caixas devem ficar em locais seguros, ou ainda presas pelo cinto de segurança para que fiquem estáveis.
Cães com medo de andar de carro
O paraíso para uns é o inferno para outros! Como nada nesta vida existe sem exceção, não faltam cães que dão muito trabalho a seus donos na hora de passear de carro. Aqui tem um pouco de tudo: os que vomitam, ou fazem xixi e/ou cocô no banco do carro; os que ficam travados de medo; os que choram ou latem sem parar ; os que nem conseguem entrar no carro; enfim muitos cães têm verdadeiro pânico de carro.
Onde este medo começa:
Normalmente o filhote entra na vida da gente numa viagem de carro. Isso ocorre no momento me que vamos pegar o filhote na casa do criador, e o levamos para a casa. Esta viagem não é fácil: o filhote ainda é muito imaturo; não conhece a sensação de chacoalhar dentro do carro; e, além disso, está acompanhado por humanos que ele nunca viu, o que gera uma grande insegurança. Por tudo isso, não é incomum que em seu primeiro passeio de carro o filhote vomite em cima do banco. Isso não quer dizer que ele vá vomitar sempre. Esta primeira reação pode simplesmente ser fruto do medo, e aqui é que está o grande diferencial: se trabalhamos o cão para que ele perca o medo, ele certamente passará a andar muito bem dentro do carro; em caso contrário este medo pode se transformar em pânico unicamente pela falta de habilidade.
O que fazer:
O que é necessário fazer aqui é fazer outras tentativas para que o filhote perca o medo do carro.
Alguns cuidados são fundamentais para se evitar problemas, e para que esta nova tentativa tenha o efeito esperado. Se seu filhote tiver pavor de carro, vá devagar: comece colocando o filhote no carro parado. Só fique lá brincando com o ele dentro do carro, e assim que você perceber que o filhote está à vontade, esta será a hora de parar o treinamento. Tire o filhote do carro e só volte a colocá-lo lá no dia seguinte.
  • Coloque-o então na caixa de transporte; prenda-a no cinto de segurança, e ligue o motor do carro, e faça um passeio curto. Normalmente o fato de ele estar dentro da caixa de transporte fará com que ele não fique com tanto medo. Coloque a caixa no chão do carro, pois isso fará com que ele não perceba exatamente o que está acontecendo, e fará com que ele reaja bem ao passeio.
  • Se a caixa de transporte for muito grande para ser colocada no chão você pode fixá-la entre os bancos traseiros e dianteiros, ou ainda prendê-la com o cinto de segurança.
  • Cuide para que o filhote não tenha comido nas últimas 3 horas antes do passeio para diminuir o risco de enjôos e vômitos. Evite também dar qualquer tipo de comida ou petisco dentro do carro.
  • Converse (mesmo) com o filhote usando uma voz bastante suave para que ele se sinta bem. Elogie-o bastante pelo comportamento “valente”. Isso dará confiança a ele, além de mostrar a ele como você quer que ele se comporte dentro do carro.
Cães Enfurecidos
Não são raros os cães que viram verdadeiras feras dentro de um carro. Alguns latem, rosnam e mostram os dentes para todas as pessoas que vêem, seja nas calçadas, ou dentro de outros carros; outros agem da mesma forma para qualquer pessoa que se aproxime do carro. O grande problema é a maioria dos donos de cães vêem tal comportamento como típico de um cão zelando pela segurança de seu dono. MAS NÃO É!!! Este cão – normalmente anda solto no carro – e age agressivamente a uma situação que lhe causa muito medo, daí a reação exagerada.
Aqui não fugimos da mesma regra que se refere aos cães de guarda: bom não aquele cão que ataca às cegas, e sim o cão que sabe reconhecer uma real situação de perigo. Os cães que se comportam desta forma na rua nada mais são do que cães descontrolados, e que não sabem diferenciar um assaltando de uma criança vendendo chicletes. Qualquer pessoa que se aproxima do carro representa um perigo potencial imenso – na visão deste cão - e então ele ataca.
Este tipo de comportamento deve ser severamente desencorajado desde cedo. Lembre-se sempre você deve ser o líder de sua matilha, e não seu cachorro que, sendo um filhote medroso, não tem a menor condição de fazer uma avaliação correta do que de fato representa um perigo, ou não. E tal cão só aprenderá a fazer tal diferenciação se tiver um líder firme e calmo.
Ao menor rosnado este cão deve ser repreendido, e assim que o rosnado acabar ele deve ser elogiado pela obediência. Mais uma vez temos o líder encorajando o cão a obedecer e confiar nele.
À primeira vista um cão que mostra seu poder de ataque a qualquer um que se aproxime do carro pode parecer muito reconfortante, principalmente para quem mora em cidades muito perigosas. Mas, se você permitir que o cão decida pode rosnar para quem ele bem entender você estará abrindo mão de ter qualquer controle sobre ele dentro do carro. NÃO SE ILUDA!!!! Se ele não for repreendido e educado a se comportar dentro de um carro, você jamais terá controle sobre ele.
Dicas:
  • Comece com passeios curtos, para que seu cão não se canse.
  • Procure fazer os passeios em horários frescos, pois os cães costumam sentir bastante calor no carro. Se o seu carro tiver ar condicionado, deixe o interior do carro com uma temperatura mais fresca, pois seu cão irá se sentir muito melhor.
  • Não se preocupe se seu cão começar a respirar de forma bastante ofegante e até mesmo babar um pouquinho durante o passeio de carro. É normal!
  • Se você for fazer uma viagem com seu cão, tenha em mente que serão necessárias paradas para dar água e para que o cão possa fazer xixi ou cocô. O local das paradas deve ser bem escolhido. Dê preferência, pare apenas em postos de gasolina e/ou postos rodoviários. Evite parar no acostamento porque o movimento dos carros pode assustar seu cão.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Dor de ouvido




O choro sem motivo e a cabeça balançando podem parecer artifícios para chamar a atenção. Porém, caso perceba algum destes sinais, fique alerta, pois essas são algumas das formas que os animais possuem de dizer que algo está errado. A situação fica ainda pior quando esses sintomas se juntam ao mau cheiro, pele mais avermelhada que o normal na região da orelha e ao ato de coçá-las sem parar. Se o conjunto dessas ações for identificado, a probabilidade de problemas auditivos é alta. 
Uma inflamação na orelha que pode ser causada por bactérias, ácaros, excesso de cera e também de pelos. Segundo Carlos Eduardo Larsson, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia Veterinária, caso sejam detectados sinais aparentes de incômodo, o animal deve ser levado ao veterinário o mais rápido possível.“O profissional realizará uma limpeza geral no conduto auditivo”.


Tabela de vacinação

Bom colamos a tabela de vacina aqui, para poder ajudar quem tiver algum tipo de dúvida sobre o tempo adequado para vacinar o pet.


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Insuficiência renal em cães e gatos


          A Insuficiência Renal é uma doença que também atingem os cães e os gatos, assim como os seres humanos

A Insuficiência Renal atinge principalmente os cães mais velhos
Foto: Arquivo Pessoal 

A Insuficiência Renal é a perda das funções do rins. Os sinais mais comuns da enfermidade são: aumento do consumo de água, odor e alteração na cor da urina, perda de apetite e vômitos. Essa doença atinge geralmente animais de mais idade.


Existem três tipos de insuficiência renal:


aguda quando os rins podem parar de funcionar de maneira rápida e temporária, às vezes do caso o animal deve ser mantido com tratamento por diálise até que os rins voltem a funcionar.
crônica é quando as funções renais param de funcionar de forma perda lenta, progressiva e irreversível. Por esse motivo os animais acabam não sentindo os sintomas do inicio da doença, até que já tenham perdido mais de 50% de suas funções renais. Com o estagio mais avançado eles começam a sentir sintomas desconfortáveis, como anemia, pressão alta, inchaço dos membros e face, mudança nos hábitos de urinar (urinar diversas vezes).
E a crônica aguda, que também ocorre de forma lenta, progressiva e irreversível. O animal que tiver esse tipo de insuficiência renal pode ser submetido a hemodiálise ou diálise peritoneal e tão logo seja controlado,  podendo ser mantido com o tratamento conservador.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

PEIXES

A palavra peixe é usada para designar um grande número de animais aquáticos. A maior parte dos animais marinhos, que muitas vezes são chamados de "peixe", incluindo as medusas, os moluscos (como o polvo) e crustáceos e mesmo mamíferos como as baleias e os golfinhos, não são peixes.

Os peixes dormem? Mais ou menos. Eles alternam períodos de vigília e repouso. Mas fazem xixi? Sim. E bebem água? Sim, inclusive os peixes de água salgada.

Os peixes não piscam e não fecham os olhos para dormir, pois não possuem pálpebras.

O maior peixe de água doce é o Pirarucu. Um exemplar pode chegar a dois metros e pesar por volta de 200 Kg.

O peixe mais rápido do mundo é o agulhão-vela. Ele alcança a incrível velocidade de 115 Km por hora.

Um atum é capaz de nadar 170 Km num só dia. 

Os tubarões são míopes. Em compensação, eles tem um olfato super-desenvolvido e um sistema chamado “linha lateral” que permite captar alterações na pressão da água.

O atum é um dos peixes mais ameaçados do mundo. A pesca intensa (pelo sushi japonês!!) está tornando os cardumes cada vez menores.

Uma enguia é capaz de dar um choque maior do que o de uma tomada doméstica. Sua descarga chega a 125 volts.

O tralhoto é um peixe que possui os olhos divididos no meio. Metade dele fica dentro e a outra metade fica fora d´água.

Alguns peixes são tão venenosos quanto cobras, caso do peixe-homicida (o nome já diz tudo!). Outros peixes venenosos são: peixe-escorpião, baiacu e algumas espécies de raias.

Dez por cento das espécies de peixes trocam de sexo uma vez na vida. Os peixes “transexuais” são divididos em dois grupos: o protândrico e o protogínico. Os potândricos são os que tem na juventude glândulas capazes de produzir óvulos e espermatozóides. Os protogínicos possuem ovários que, com o tempo, se transformam em testículos. 

Existe alguma diferença entre o cação e o tubarão? Não, não existe praticamente nenhuma. Cação é somente o “nome comercial” dado ao tubarão. 

Os filhotes do tubarão-tigre brigam entre si na barriga da mãe, até restar apenas um.

Tubarões e outras espécies de peixes de água salgada já foram vistos no Rio Amazonas – alguns 400 quilômetros rio acima. 

Existem várias espécies de bacalhau, entre elas o ling, o zarbo, o saithe e o bacalhau do Porto. Conhecido cientificamente como Gadus Morhua, o bacalhau do Porto é o mais saboroso e também o mais caro. O interessante é que ele é pescado na Noruega e só leva esse nome por que é “desde sempre” comercializado na cidade portuguesa do Porto. 

A propósito… você já viu um bacalhau? Tem idéia de como ele é? Então, repare na foto acima e observe um autêntico bacalhau.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

PETISCOS PARA CÃES



Se a sua idéia de petiscos e agrados palatáveis para o seu cão se resume a restos de comida, ou guloseimas humanas, ou se você acha que alimentação saudável para os cães é comer apenas vegetais orgânicos, é hora de você repensar seus conceitos e conhecer produtos feitos especialmente para os peludos com matérias de primeira e muito gostosos.

Você sabe que existe uma diferença entre petiscos ideais para recompensa durante o treinamento e petiscos para ajudar na mudança comportamental, como ansiedade de separação, por exemplo?
Os petiscos dados durante uma sessão de treinamento devem ter um cheiro muito atrativo e textura maciaOs pedaços devem ser bem pequeninhos para que os alunos de quatro patas comam bem rápido e não se desconcentrem do exercício. É o caso dos Petiscos Bifinhos.

Os petiscos para ajudar a distrair os peludos que são ansiosos, medrosos, agitados, desconfiados, entre outros probleminhas, podem ser maiores e devem ter uma consistência mais resistente, para que o cão demore mais tempo roendo ou mastigando e fique se deliciando com sabores diferentes.
Aliás, um dos grandes problemas com cachorros que sofrem de ansiedade de separação é porque nós valorizamos muito a nossa chegada em casa, mas não oferecemos nada para o cão quando saímosQuando saímos o peludo fica sozinho e entediado e não há nenhuma compensação pela nossa ausênciaAo chegarmos fazemos festa, damos atenção, pegamos no colo e algumas pessoas dão até biscoitinho para recompensar a alegria do nosso peludo em nos ver. Na aba acabamos recompensando também todo o desespero, os choros, uivos e latidos que tanto faz nossos bichos sofrerem e incomodam toda a vizinhança.
O correto é não fazer da nossa chegada algo tão extraordinário e esperar que o focinho se acalme até ganhar atenção e carinho. Já a nossa saída... esse sim é o grande evento do dia, quando nossos amigões ganham brinquedos especiais e podem ir procurar muitas gostosuras escondidas nos cantinhos da casa para se distraírem não sentirem que o mundo ficou pior sem a nossa presença.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Caixa de trasporte

Temos a tendência de achar que uma Caixa de Transporte para cães significa tortura, confinamento e isolamento. Mas não é bem assim.

Na natureza os cães se abrigam em tocas para se protegerem das chuvas, ventos, frio e calor. São nas tocas também que eles protegem suas crias e se defendem de outros animais. O uso de uma toca, uma casinha protetora, é tão instintivo e importante para nossos peludos que na cidade podemos ver que eles adoram deitar debaixo de móveis (às vezes até cavando no meio do sofá) e nas ruas eles sempre procuram deitar debaixo de um carro ou arbusto.

Em casa a Caixa de Transporte faz o papel de toca para nossos peludos, trazendo automaticamente o conforto e a segurança que eles tanto precisam. É um acessório fundamental e é sempre bom ter uma por perto.

Muito usadas por criadores e pessoas que levam seus cães para competições, é fácil ver como os cães esperam e dormem tranqüilamente (alguns até de barriga pra cima) quando estão dentro de suas Caixas de Transporte. Eles não se sentem prisioneiros, não sofrem, não choram, nem ficam nervosos. Muito pelo contrário. Quando os peludos são acostumados a usar a Caixa de Transporte como um lugar especial só deles, ficam muito mais à vontade e confortáveis em qualquer situação.

Veja algumas das utilizações da Caixa de Transporte que vão deixar seu cão muito mais feliz:

- Treinamento de higiene: Nossos cães são animais naturalmente limpos e não gostam de sujar a casinha deles. Usando a Caixa de Transporte como local de descanso os filhotes aprendem a segurar o xixi para não sujar a “toca” e a pedir para ir ao banheiro. Ideal para conter filhotes quando não podemos supervisioná-los, durante a noite enquanto dormem no nosso quarto e por pequenos períodos de tempo quando estão sendo treinados para usar um lugar específico como banheiro.

- Transporte: Em uma viagem de carro é muito mais seguro levar seu peludo deitado e confortável dentro da caixa do que correndo o risco de se machucar seriamente caso haja um acidente. Em viagens aéreas é a única maneira do seu animal ser transportado. Isso sem falar que quando chegar ao novo destino o peludo vai se sentir em casa, pois terá a caixa de transporte como referência de aconchego e segurança.

- Casinha para Cachorros: Ideal para quando o cachorro precisa descansar e se recuperar de traumas e medos. Muitas vezes é necessário que nossos bichos façam repouso, seja por causa de uma cirurgia, seja por causa da recuperação de alguma doença. Mantendo a Caixa de Transporte sempre perto de nós nossos bichos não se sentem isolados, abandonados ou assustados. Eles podem relaxar enquanto nos ouvem, vêem e sentem nosso cheiro e assim eles se recuperam muito mais rápido. Da mesma forma a Caixa de Transporte serve para acalmar e controlar os peludos que morrem de medo de barulhos de fogos ou de trovoadas. Dentro de suas Caixas de Transportes eles podem ser colocados dentro de casa até que estejam mais calmos, sem correr o risco de se machucarem tentando fugir ou se esconder.

ESCOLHA DO TAMANHO:

É preciso fazer algumas medições no seu peludo para encontrar o tamanho adequado da caixa. Ela deve ser suficientemente grande para seu cão sentar, se virar e deitar confortavelmente, mas não muito maior do que isso.

Para encontrar o melhor tamanho para o seu peludo considere:

- Altura: medida do chão até o alto da cabeça do cachorro sentado + 3 cm
- Comprimento: medida do focinho até a base do rabo + 3cm
- Largura: medida do chão até a altura dos ombros do cachorro em pé + 3cm
- Peso: Leve também em consideração o peso máximo suportado por cada tamanho de caixa.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Os 7 maiores problemas dos animais


Brigas

Arranca-rabos estão relacionados ao temperamento do animal, mas um dono de pulso firme consegue fazer até um pitt bull virar amigo de um rottweiler.

Como evitar: mostre quem é que manda na situação - você! No caso dos cães, fale com autoridade e repreenda com seriedade. Não bata, pois isso não é necessário, eles entendem muito bem as expressões e o tom de voz de quem está zangado. Para os gatos, borrife água no focinho ou jogue uma lata cheia de moedas no chão, para que o barulho incomode. Pequenos agrados, como afagos ou petiscos, funcionam para todos.

Xixi fora do lugar

Os bichos usam essa técnica como forma de protesto. Gatos, por exemplo, detestam ter de fazer as necessidades na caixa de areia suja. Já os cães resolvem presentear a família com um "laguinho amarelo" quando se sentem deixados de lado. E não podemos nos esquecer dos machos que, quando não castrados, tendem a demarcar território.

Como evitar: primeiro, reflita sobre o que deve estar provocando essa revolta no seu amigo. Depois, invista no processo de condicionamento: dê bronca na hora certa e recompense o bom comportamento com algum agrado. 

Miados e latidos de madrugada

Esse carnaval noturno geralmente sinaliza um distúrbio físico. Ou você já viu um bicho saudável preferir esgoelar a noite inteira em vez de dormir? Vale lembrar que animais idosos podem ficar mais inquietos durante a madrugada, então eles precisam de tratamento específico.

Como evitar: leve o "cantor" a uma consulta veterinária. Para os vovôs, há medicações que facilitam a oxigenação cerebral, proporcionando uma velhice mais confortável. 

Destruição da casa

Para um bicho de estimação que passa horas sozinho, todos os móveis e objetos do recinto correm o risco de virar diversão. Os gatos, inclusive, precisam afiar as unhas em algum lugar, é uma necessidade física. Sem arranhador por perto, alguém tem dúvida de que pode sobrar para o sofá?

Como evitar: apesar de ser uma tarefa complicada, as pet shops oferecem produtos para ensinar a seu mascote o que deve ou não terminar no lixo. Só não vale persegui-lo por ter mastigado seu carregador de celular, porque isso o incentivará a repetir o feito para chamar atenção. 
Passeio arrastados
Donos que permitem tudo criam cães líderes que acham que mandam até na velocidade do passeio.

Como evitar: mantenha distância das coleiras peitorais. Um animal contido pelo pescoço tem mais condição de compreender os comandos, que precisam ser ditos com firmeza. Em pouco tempo, eles entendem que uma puxadinha mais forte na guia significa que ele deve parar ou mudar de sentido. E que, quando você a traciona, quer que ele se sente e fique quieto. É fácil! 

Roubo de roupas do varal

Enquanto você está no trabalho, o pobre do cão está lá sem nada para fazer. Então sua calça favorita começa a balançar, convidando-o a aprontar. Conte até três e a traquinagem terá virado um hábito. A intenção não é destruir, é só ter algo com o que brincar.

Como evitar: você pode pedir férias no trabalho para vigiar o animal em período integral. Ou garantir que não faltem brinquedos para ele se entreter. A última alternativa é bem mais viável, certo? Existe ainda a opção de adotar um amiguinho para lhe fazer companhia. 
Acasalamento com a perna das visitas
Até 1 ano de idade, os "calores" da puberdade costumam ser a causa do entusiasmo, e os animais acham graça no ato constrangedor. A partir dessa idade, o problema se complica, porque a libido exagerada está ligada ao alto nível de hormônios.

Como evitar: um convite para outro tipo de brincadeira basta para mudar o foco dos filhotes e fazer com que esqueçam a provocação. Adultos precisam ser castrados. Há também remédios de base hormonal, para machos e para fêmeas, que resolvem o mico em cinco ou seis dias de tratamento. 






Sorria! Cuide bem do seu gatinho!