Assim como acontece com os humanos, com o passar dos anos os animais sofrem os efeitos deletérios da idade. O sistema músculo esquelético (ou seja, os músculos, articulações, tendões e ligamentos) é extremamente afetado pelo desgaste. No caso dos eqüinos, principalmente daqueles destinados ao esporte, é comum o aparecimento de lesões por esforço repetitivo, e a instalação de processos crônicos como osteoartrose, tendinites, desmites e lombalgias.
Nos cães ocorre uma diminuição progressiva da movimentação, começam a “brincar” menos, diminuem a freqüência de passeios e passam uma maior quantidade de tempo dormindo. Muitas vezes isto pode estar associado a dores crônicas, principalmente se é notada uma dificuldade do animal para se levantar, subir escadas, se posicionar para urinar ou defecar e se este apresenta claudicações (“manqueiras”) intermitentes. As causas podem ser as osteoartroses, atrofias por desuso, lesões na coluna e a progressão de afecções como displasia coxo-femoral síndrome da cauda eqüina etc.
O manejo da dor crônica em animais idosos pode se tornar um desafio para os médicos veterinários e proprietários, a maioria das afecções que acometem estes animais não possuem uma cura definitiva, o tratamento em geral objetiva o alivio da dor e é feito através de medicações analgésicas como antiinflamatórios não esteroidais, corticóides e em casos severos opióides. Entretanto, o uso prolongado destes medicamentos possui efeitos colaterais que também são deletérios ao organismo dos nossos pacientes, fazendo com que muitas vezes o controle da dor seja dificultado por outros problemas como, por exemplo, as ulceras gástricas.
A fisioterapia pode ajudar nestes quadros, não de forma alternativa, mas atuando como complemento ao tratamento clínico. Entre as técnicas utilizadas para promover o conforto dos animais, destacam-se a eletro acupuntura e outras modalidades de eletroterapia (p.ex, a eletro estimulação transcutânea de baixa freqüência), massagem, luz infravermelha e crioterapia.
Na medicina humana é comum o conceito de que a ausência de movimentos é prejudicial, causando aderências em tecidos, fibroses, diminuição da amplitude de movimento articular e predispondo a obesidade, o mesmo é válido para os animais. Com a prática de mobilizações passivas, exercícios controlados e hidroterapia é possível melhorar a qualidade de vida e a motivação diária destes pacientes, tornando a velhice mais uma parte do processo de existência sem que isto se transforme em um transtorno para toda a família.
Porém, existem alguns aspectos que são fundamentais para o sucesso deste tratamento, é importante estabelecer protocolos individuais que se ajustem as necessidades de cada caso, estabelecer um prognóstico o mais rápido possível para não criar falsas expectativas nos proprietários, trabalhar em equipe mantendo sempre a troca de informações com os clínicos responsáveis e envolver o dono como parte do processo de terapia, através de recomendações simples que efetivamente ajudam na rotina de lidar com estes pacientes. E sempre é importante lembrar que na maioria dos casos estamos buscando um meio de conviver com uma condição promovendo melhora da qualidade de vida e não a cura definitiva.
Em muitos casos não é possível substituir os protocolos de medicação para o controle da dor, porém pode-se diminuir a dose e/ou a freqüência de utilização dos mesmos minimizando os efeitos colaterais. Estes ajustes são feitos pelo clinico que avalia a evolução do quadro e trabalhando em sinergismo podem utilizar a fisioterapia como mais uma ferramenta para o manejo da dor crônica.
Muitas vezes estes animais idosos necessitam um acompanhamento permanente e um estímulo constante das técnicas de fisioterapia, em geral estes são os casos que não podem ficar sem medicação e que já se beneficiam com a possibilidade de diminuir a freqüência do uso.
Figura 5: Sedinha, 10 anos, SRD, fêmea – Alongamentos para manter a mobilidade
Não apresentando contra indicações para esta finalidade, o emprego da fisioterapia ainda tem como aspecto positivo uma maior interação entre o proprietário e seu animal de estimação, seja este um cavalo idoso que pode ser novamente cavalgado de forma controlada ou um cão que necessita da presença do dono para fazer exercícios, em ambos os casos é gratificante observar a melhora e fazer parte do processo de reabilitação. Com certeza não podemos vencer os efeitos do tempo sobre o organismo, mas é possível conviver com estes e aproveitar cada dia junto aos nossos companheiros propiciando conforto e bem estar em todas as etapas da vida.







Comece examinando os olhos do seu amigão:
Passe para as orelhas:
Examine a boca (desde que seu cão ou gato seja manso):
Atenção para o focinho:
O exame de órgãos internos não é possível ao leigo. Se houver problema em qualquer órgão sempre haverá uma manifestação externa como vômitos, diarréia, excesso ou falta de urina, ingestão exagerada de água, tosse, cansaço, dor ao se movimentar ou tentar pular, "engasgo" após exercício ou excitação, etc. Se notar algum desses sinais, que perdurem por mais de 2 dias, leve seu cão ao veterinário.
Flexione e estenda os membros do seu animal suavemente:
Curto ou longo, não esqueça do rabinho do seu amigão. É em sua base que as 
Não são raros os cães que viram verdadeiras feras dentro de um carro. Alguns latem, rosnam e mostram os dentes para todas as pessoas que vêem, seja nas calçadas, ou dentro de outros carros; outros agem da mesma forma para qualquer pessoa que se aproxime do carro. O grande problema é a maioria dos donos de cães vêem tal comportamento como típico de um cão zelando pela segurança de seu dono. MAS NÃO É!!! Este cão – normalmente anda solto no carro – e age agressivamente a uma situação que lhe causa muito medo, daí a reação exagerada.




