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sábado, 31 de janeiro de 2015

O começo e o fim da vida de nossos amigos caninos.

            Os acontecimentos e coincidências que somos submetidos no percurso de nossa jornada nos fazem viver em um paradoxo, nos desafiando sempre a amar com toda força o outro, mesmo quando o tempo invariavelmente nos trará a separação corporal, morte esta que todos os seres vivos desse planeta se depararão.
            Desde o começo de nossas civilizações, o homem busca em religiões, na natureza ou em si mesmo, respostas para todos esses mistérios que nos envolvem.
            Nesse labirinto que, visto de baixo, apresenta apenas algumas opções visíveis e imediatas, porém, se observado de cima, se abre como um plano complexo e perfeito, que nossa visão tão junta ao solo não conseguiria acreditar ser real.
            E no meio desses caminhos, dentre tantas regras de condutas que nos desassociam do nosso eu, somos levados por nossos queridos animais ao amor, sentimento este tão maravilhoso e que é vivenciado de maneira autruista, pura e desprendida.
            Eles nos ensinam uma simplicidade de viver que esquecemos e nos fazem lembrar que possuimos dentro de todos nós o princípio do amor incondicional. Basta que nós nos permitamos quebrar as barreiras, sentir e ser sentidos.
           Uma relação que não precisa de troca de palavras, mas de olhares e sentimentos, em uma comunhão e sinergia que muitos de nós, nascemos e morremos, sem conhecer.
Os animais de estimação são isso para nós, uma conexão com nós mesmos, nos reconhecendo como iguais e ligados pela grande oportunidade de viver, compartilhar, aprender, rir, chorar, amar e dizer adeus, na alegria e no sofrimento que ainda não entendemos, mas que são nossos companheiros nessa caminhada evolucional.
           Desejamos aos nossos leitores uma convivência realmente vivida e muito amor em todos os dias que contarem com a companhia desses seres tão especiais ao lado.


sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Estudos apontam que falta de água pode tornar o mundo vegetariano.

A criação de carne mundial  para alimentação torna cada vez maior o problema com a falta de água. - Foto: One Gorgeous Cow on Wiki Commons
A criação de carne para alimentação torna cada vez maior o problema com a falta d’água. – Foto: One Gorgeous Cow on Wiki Commons
Segundo Malin Falkenmark, conselheiro científico sênior do Stockholm International Water Institute(SIWI), metade da população mundial enfrentará falta de água crônica se os atuais hábitos de consumo alimentar continuarem como estão. O consumo sustentável da água significa apostar em dietas nas quais a maior parte da composição alimentar sejam proteínas provenientes de origem vegetal e não animal, como ocorre atualmente.
Em parte do relatório Food Security: Overcoming Water Scarcity RealitiesFalkenmark fala sobre segurança alimentar:
“Não teremos água suficiente à disposição para abastecer as demandas atuais de terras agrícolas para produzir alimentos para a população esperada em 2050 se seguirmos as tendências e mudanças no sentido de dietas comuns em nações ocidentais atuais – 3.000 calorias per capita, incluindo 20% das calorias produzidas provenientes de proteínas de origem animal. Haverá no entanto, água suficiente apenas se a proporção de alimentos com base em origem animal for limitada a 5% do total de calorias”.
Isso significa na prática que, para continuarmos a ter água disponível a disposição no planeta, teremos que readequar nossos hábitos alimentares para dietas mais sustentáveis, com menos proteínas de origem animal em sua composição, pois essas fontes alimentares demandam uma quantidade exorbitante de água para sua produção. Investir em dietas ricas em proteínas de origem vegetal é o melhor caminho para garantir e manter os níveis de água potável no planeta, um exemplo é o vegetarianismo estrito, praticado pelos veganos.
Para a Water Foot Print, uma plataforma para conectar diversas comunidades interessadas em sustentabilidade, equidade e eficiência do uso da água no planeta, estes estudos apontam que o aumento previsto na produção e consumo de produtos de origem animal aumentará a pressão sobre os recursos de água doce do planeta. O tamanho e as características da pegada de água na produção destes “alimentos” variam de acordo com os tipos de animais e sistemas de produção. Para se ter uma ideia:
A pegada hídrica de carne de bovinos de corte é de 15.400 metros cúbicos por tonelada, ou seja, para apenas 1kg de carne bovina são necessários mais de 15.000 litros de água. Para os ovinos são necessários 10.400 litros, suínos 6.000 litros, caprinos 5.500, frangos 4.300 litros, ovo de galinha 3.300 litros para cada 1 kg e o leite de vaca, mil litros.
Cada vez mais cientistas apontam que a adoção de uma dieta vegetariana é a melhor opção para aumentar e manter a quantidade de água disponível para a produção de alimentos e eliminar de vez a possibilidade nos riscos de desabastecimento de água e uma futura possível crise alimentar. A dieta vegetariana consome de cinco a dez vezes menos água que a de proteína animal que demanda um terço das terras aráveis do mundo para o cultivo de colheitas para alimentar os animais. Ou seja, a grande esmagadora maioria de soja que plantamos hoje não é para acabar com a fome de humanos, é para alimentar o gado.
Para a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, será necessário aumentar a produção de alimentos em 70% nos próximos 40 anos para atender à demanda na terra, mas atualmente, não temos condições e nem teremos água disponível para atingir tal meta, pois, os mesmos 15.000 litros de água utilizados para criar apenas 1kg de carne bovina, é a mesma e disputada água utilizada para satisfazer a demanda global de energia, que deverá crescer 60% em três décadas.
O vegetarianismo estrito aliado ao veganismo não é bom apenas para o planeta, mas sim para as pessoas que nele vivem. É bom para a saúde, pois elimina diversas doenças relacionadas ao câncer e o coração, mas o mais importante: É bom para os animais, pois são seres sencientes, escravizados para satisfazer os desejos alimentares dos seres humanos.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

ASILO DE CÃES, O QUE PRA MUITOS É UM PROBLEMA PARA OUTROS É UM MEIO DE VIDA.

Conheça a casa onde só entram cães velhos e doentes

Dentista de Porto Alegre acolhe cachorros que estão cegos e surdos, que têm problemas cardíacos ou que são vítimas de tumor

24/01/2015 | 13h22
Conheça a casa onde só entram cães velhos e doentes Guilherme Santos/Especial
Marcia Simch brinca com o veterinário que tem um “plano 100”: sem rim, sem baço, sem olho. E sem-vergonhaFoto: Guilherme Santos / Especial
Duda, idade estimada em oito anos, percebe a aproximação da tutora pelo olfato. Levanta, abana o rabo, saracoteia. Vira-se para lá e para cá, desnorteada, esperando o afago que vai indicar a posição exata de Marcia Simch. 
— Cadê a minha velha? — saúda a dentista.
Cega e surda, Duda é um dos cinco "museus" — apelido afetuoso dado pela dona — que habitam o amplo pátio da residência no bairro Petrópolis, em Porto Alegre. Uma das fundadoras da organização não governamental Bicho de Rua, Marcia não resiste aos animais geralmente ignorados nos cadastros e feiras de adoção: idosos, com deficiências e limitações físicas, de saúde debilitada por maustratos e enfermidades crônicas. Abastece-se da satisfação de testemunhar os progressos na recuperação e da lealdade que recebe na troca pelos cuidados. Estima já ter resgatado cerca de 15 velhinhos. Hoje, além de Duda, convive com Pitico, 10 anos, Piki, 11, Kito, 13, e Caco, 16 — este último batizado em referência ao estado em que se encontrava, na Avenida Carlos Gomes, quando Marcia o resgatou.
— Brinco com o veterinário que tenho o "plano 100": sem rim, sem baço, sem olho. Se reunir todos, vira um completo — ri. — E eles são uns sem-vergonhas também.
Kito é o pet mais fragilizado no momento. Com a descoberta de um tumor, teve um dos rins extraído há um ano, situação que hoje requer duas sessões semanais de fluidoterapia — o soro injetado na veia contribui para a melhora da função renal. Como outros três cães do grupo, Kito tem sopro, um problema das válvulas cardíacas, e toma medicação. Toda a turma recebe cápsulas diárias de ômega 3, ácido graxo que auxilia no equilíbrio do metabolismo e na manutenção das taxas ideais de colesterol e triglicerídeos, beneficiando também a pele e o pelo.
— Adotar o animal idoso é uma escolha mais difícil, mas eles têm toda a capacidade de integrar um lar. A convivência é tão rica que eles fazem muito mais bem para mim do que eu para eles. Sofro mais, porque a vidinha deles já é mais curta, mas dou um final bom para quem teve um começo ruim — explica Marcia.
Como ativista da causa animal, Marcia depara com todo tipo de maldade. Acolheu, há alguns anos, um cachorro usado como presa no treinamento de pitbulls — batizado de Gomes, o híbrido de poodle e cocker tinha um afundamento no crânio e passou quase seis meses internado em uma clínica, recuperando-se de bicheiras.
— Tem situações em que me pergunto: que humano é esse que faz isso com um animal? — reflete a cuidadora. — Mas não adianta ter pena. A pena tem que se transformar em ação.
Entre o tratamento e o sofrimento
A impressão que se tem é que, hoje, os animais sofrem de doenças que inexistiam, ou eram raríssimas, até alguns anos atrás: câncer de próstata, diabetes, problemas na coluna. Cães e gatos sempre tiveram e ainda têm enfermidades desconhecidas, mas os aparelhos e as técnicas de diagnóstico vêm se aperfeiçoando muito. Aumenta também a disponibilidade e a vontade dos donos em pagar por tratamentos capazes de permitir que os pets vivam mais. Os bichos se submetem a tomografias computadorizadas, raio X digital, endoscopia. Existem especialistas em cardiologia, neurologia, nefrologia e oncologia. Dependendo do diagnóstico, os animais são encaminhados a centros de reabilitação para sessões de fisioterapia e acupuntura.
Os tratamentos podem ser longos e, no caso de enfermidades crônicas, se estender por toda a vida. No caso de situações mais graves, em que o tutor hesita diante dos custos com internação, exames e remédios, o médico veterinário Valério Gonzales Ouriques afirma que os resultados podem ser surpreendentes, até mesmo quando a expectativa de sobrevida não é muito grande.
— Tem pessoas que dizem: "Ah, para que fazer isso se ele não vai durar"? Se você tira um animal do sofrimento e consegue dar a ele mais uns meses ou um ano de vida com qualidade, a interação que ele vai ter com você é impagável — garante Ouriques.
Diante de tratamentos ineficazes e da piora da condição de saúde do pet, que se torna incapaz de realizar os movimentos mais elementares, por vezes cabe ao dono a decisão de interromper o sofrimento. Para a veterinária Márcia Brites, deve haver uma discussão sobre até onde ir:
— Cada pessoa lida com a perda de forma diferente. A opção pelo sacrifício deve ser uma decisão conjunta com o veterinário.
A convivência com um animal é muito rica também para as crianças. Observar que os bichos cumprem um ciclo, como os humanos, ensina que a existência é composta por sucessivas fases até a morte. Lidar com a perda, ainda que doloroso, é um aprendizado essencial.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Estudo explica por que cachorros espirram tanta água enquanto bebem.

Estudo explica por que cachorros espirram tanta água enquanto bebem

Físicos estudaram a mecânica usada por cães para tomar líquidos.
Gatos têm mecanismo muito mais eficiente e raramente derramam água.

Da Reuters
Cachorro da raça boxer bebe água de uma garrafa em Londres, em foto de maio de 2012 (Foto: Reuters/Luke MacGregor/Files)Cachorro da raça boxer bebe água de uma garrafa em Londres, em foto de 2012 (Foto: Reuters/Luke MacGregor)
Uma pesquisa feita por físicos e engenheiros americanos explicou por que os cachorros espirram tanta áqua quando bebem, ao contrário dos gatos, que manipulam habilmente a água para saciar sua sede de forma cuidadosa.
As descobertas recentes, que focam nos cachorros e foram apresentadas em uma reunião na Sociedade Americana de Física, em San Francisco, nos Estados Unidos, somaram-se a um resultado anterior sobre como os gatos bebem. Nem os gatos  nem os cachorros conseguem contrair suas bochechas com força suficiente para criar sucção, como os humanos. Por isso saber como exatamente eles conseguem beber tem sido um enigma.
Em 2010, engenheiros da Universidade de Princeton e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), entre outras instituições, descobriram como os gatos bebem água. Basicamente, os felinos encostam a língua na superfície da água, sem penetrá-la, e puxam uma coluna de líquido com a velocidade de um metro por segundo. Antes que a gravidade puxe a água para baixo, os gatos fecham a boca sobre o topo da coluna quatro vezes por segundo, engolem e depois repetem o processo.
Vídeo feito por pesquisadores em estudo de 2010 mostra mecanismo que gato usa para beber líquidos (Foto: Pedro M. Reis, Sunghwan Jung, Jeffrey M. Aristoff and Roman Stocker/MIT/Divulgação)Vídeo feito por pesquisadores em estudo de 2010
mostra mecanismo que gato usa para beber líquidos
(Foto: Pedro M. Reis, Sunghwan Jung, Jeffrey M.
Aristoff e Roman Stocker/MIT/Divulgação)
Quando o estudo com cães começou, os cientistas pensaram que eles bebessem de maneira similar aos gatos, segundo o engenheiro biomecânico Sunny Jung, da Virginia Tech. Ele fez parte do estudo com gatos e liderou o estudo com cachorros.
Mas o que eles descobriram contrariou essa expectativa. Primeiramente, as línguas dos gatos tocam sutilmente a superfície da água, enquanto os cachorros empurram sua língua descuidadamente líquido adentro, como pode ser visto em câmeras colocadas sob a água. Cachorros "esparramam muito (a água), mas os gatos nunca fazem isso", diz Jung.
Em segundo lugar, os gatos puxam sua língua para cima para criar a coluna de água com uma força que equivale a duas vezes a força da gravidade. Cachorros criam uma força de até oito vezes a da gravidade.
Finalmente, enquanto apenas a pontinha da língua do gato toca a água, uma área grande da língua do cachorro faz isso, o que os torna bebedores desastrados e nada habilidosos. Mais precisamente, o volume de água que a língua de um cachorro pode mover aumenta exponencialmente de acordo com o tamanho de seu corpo. É por isso que cachorros da raça São Bernardo podem transformar a cozinha em um lago, diferentemente de um Pinscher.

Sorria! Cuide bem do seu gatinho!